Até a aguardada estreia de Retorno a Lorwyn, prevista para o primeiro trimestre de 2026, nós, amantes da lore de Magic: The Gathering, viveremos um período de certa orfandade narrativa. Isso porque a Wizards of the Coast anunciou uma decisão surpreendente — e, para muitos fãs, bastante decepcionante: a partir de 2025, teremos apenas três coleções anuais ambientadas dentro do universo oficial de Magic.
Na prática, essa mudança significa menos espaço para as histórias tradicionais que cativaram gerações de jogadores. Em seu lugar, a editora pretende investir cada vez mais em produtos da linha Universes Beyond, que trazem parcerias e crossovers com franquias externas. Embora essa estratégia tenha atraído novos públicos, ela também deixa uma sensação amarga em quem acompanha Magic pelo seu rico pano de fundo narrativo.
Não vou me aprofundar em críticas à decisão da Wizards — afinal, minha opinião não seria das mais positivas. Em vez disso, quero focar em algo que sempre me fascinou e continuará me fascinando: a lore de Magic e seus inúmeros mistérios. Nos próximos meses, vou preparar uma coletânea especial, revisitando fatos que muitos talvez não conheçam, recuperando pontos esquecidos da narrativa e, sobretudo, explorando as bases do multiverso de Magic e os fenômenos que o tornam único.
E nada melhor para começar do que falar sobre uma das adições mais intrigantes dos últimos tempos. A coleção Edge of Eternities nos apresentou um conceito que, para os menos atentos, pode ter parecido algo banal: o Edge, que chamarei aqui de Limiar. Mas não se engane — o Limiar não é apenas um “cenário espacial” estilizado. Ele representa uma mudança de paradigma, um elemento que pode alterar profundamente a forma como entendemos o funcionamento do multiverso de Magic.
Assim, este será o primeiro artigo da nossa Enciclopédia do Multiverso. Nele, vamos investigar o que é exatamente o Limiar, como está estruturado o multiverso de Magic e, quem sabe, até onde podem nos levar as especulações sobre o que existe além.
Antes de seguir, vale ressaltar: não sou funcionário da Wizards of the Coast. Tudo o que compartilho aqui nasce de observações, suposições e da paixão de fã pela lore. Portanto, nada do que está escrito deve ser interpretado como informação oficial ou spoiler garantido.
Prepare-se, porque a viagem pelo multiverso está apenas começando.
- Uma melancia em expansão
Para começarmos nossa jornada pela Enciclopédia do Multiverso, vamos responder a uma pergunta que muitos jogadores e fãs da lore me fizeram nos últimos meses: o que exatamente é o Limiar?
À primeira vista, especialmente durante os eventos de Aetherdrift, parecia que a coleção Edge of Eternities se passava literalmente no espaço sideral. Essa interpretação, no entanto, sempre me soou confusa. Se o Edge fosse o “espaço” de Magic, isso levantaria uma série de contradições: Ele seria apenas o espaço sideral de um único plano? Ou significaria que todos os planos fazem parte de um mesmo universo físico, como se fossem planetas vizinhos dentro da mesma galáxia? E nesse caso, o que seriam as Eternidades Cegas, conceito tão importante para a cosmologia de Magic, já que elas seriam justamente o vazio entre um plano e outro? Iríamos, então, partir de um plano aleatório — digamos, Avishkar — e explorá-lo como um ponto de partida para outros mundos, como se fossem sistemas estelares interligados?
Esse raciocínio rapidamente nos leva a mais perguntas do que respostas, e talvez por isso a própria Wizards of the Coast tenha decidido seguir um caminho conceitual diferente. Para visualizar melhor essa ideia, proponho uma metáfora simples — ainda que, à primeira vista, pareça um pouco estranha: vamos imaginar uma melancia.
Sim, uma melancia. Pense comigo: a fruta possui uma casca grossa, que delimita seu interior. Dentro dela, encontramos uma polpa esponjosa, repleta de sementes. Agora, substitua essa imagem pela estrutura do multiverso de Magic: cada semente seria um plano, envolto pela polpa, que representa as Eternidades Cegas; já a casca funcionaria como uma fronteira externa, algo que define os limites entre o multiverso e… o que existe além dele.
É exatamente aí que entra o Limiar:Não como o espaço sideral comum, mas essa casca que contorna e estrutura a tudo o que existe no multiverso.
Na descrição oficial, o Limiar é delimitado por duas grandes “paredes” que definem sua existência. A primeira é a chamada Parede Caótica, localizada entre o Limiar e as Eternidades Cegas. É a partir dela que fluem matéria e energia, como se o próprio multiverso tivesse pequenas fissuras, permitindo que fragmentos escapassem para essa fronteira intermediária. É justamente esse fluxo que alimenta e molda a dinâmica do Limiar.
Já em sua parte externa, encontramos a Parede Quieta — um limite muito mais enigmático. Ela separa o Limiar de algo maior, um espaço em expansão onde até mesmo a luz parece escapar, como em uma espécie de buraco de minhoca invertido. Trata-se de uma barreira que não apenas delimita, mas sugere a existência de algo além, um território ainda mais vasto, que chamarei Macroverso.
Para simplificar, pensemos em outra metáfora. Imagine o Limiar como uma panela cheia de sopa: o líquido corresponde às Eternidades Cegas, e os pedaços de legumes que flutuam nela são os planos. O Limiar seria, portanto, a própria panela — o recipiente que dá forma e limites a tudo o que conhecemos.
Mas o ponto mais intrigante de toda essa concepção não está apenas em suas paredes, e sim em um novo princípio introduzido: a Expansão. Segundo o que foi revelado, o espaço externo ao Limiar — aquilo que chamamos de Macroverso — está em constante crescimento. Porém, esse detalhe levanta uma questão inevitável: para que algo cresça, ele precisa estar inserido em um espaço que já exista. Em outras palavras, se o Macroverso se expande, o que há ao redor dele?
A primeira hipótese é a de que o Macroverso não seria o limite definitivo. Em vez disso, ele poderia ser apenas mais uma camada, envolta por outras camadas ainda maiores, cada uma servindo como um novo “recipiente” no qual o Macroverso poderia crescer. Assim como a casca de uma fruta pode estar dentro de outra maior, ou como bonecas russas que se encaixam umas dentro das outras, essa teoria sugere uma estrutura infinitamente estratificada, em que não existe um “fim” absoluto, apenas novos níveis a serem descobertos.
A segunda hipótese, porém, é muito mais intrigante. Talvez não seja o Macroverso que está se expandindo. O que pode estar acontecendo, na verdade, é que ele exerce uma força de tração tão intensa que arrasta toda a estrutura do multiverso para seus limites.
Sob essa perspectiva, vista de “fora”, seria como se uma mão invisível estivesse esticando um pedaço de tecido. Para os habitantes do Limiar e do próprio multiverso, que não conseguem observar o que está “do outro lado” da Parede Quieta, a sensação é de que o Macroverso está crescendo. Mas, na realidade, o que ocorre é um deslocamento gradual: toda a estrutura do multiverso estaria sendo puxada de seu centro para as bordas, lentamente arrastada em direção aos confins do Macroverso.
Essa força misteriosa que impulsiona a Expansãopode ter duas origens igualmente plausíveis: vir do próprio Macroverso ou estar enraizada no coração do Multiverso.
Em muitos aspectos, essa discussão lembra fenômenos que já conhecemos em nosso universo real. Vivemos em um cosmos em constante expansão, e inúmeros estudiosos apontam que esse processo é consequência direta do evento primordial que deu origem a tudo: O Big Bang.
De uma perspectiva cósmica, seria como se tudo o que já aconteceu, o que acontece agora e o que ainda acontecerá estivesse inserido em um diálogo contínuo com essa explosão inicial. Uma detonação de magnitude tão colossal que, para nós — seres diminutos em meio à imensidão —, sua verdadeira escala e impacto permanecem incompreensíveis.
Transpondo essa analogia para a cosmologia de Magic: The Gathering, a Expansão poderia representar algo semelhante: Um reflexo de um evento primordial que ainda ressoa nas bordas do Multiverso. Ou, talvez, um indício de que forças maiores, localizadas além da Parede Quieta, continuam a interagir com a estrutura fundamental da realidade.
Durante muito tempo, Dominária foi considerada o verdadeiro centro do Multiverso. Mais do que um plano lendário, era a referência em torno da qual toda a realidade parecia girar. No entanto, com o passar dos séculos e os grandes eventos que moldaram a lore de Magic, essa posição privilegiada se perdeu.
Tradicionalmente, atribuímos essa mudança aos acontecimentos da Sutura, que redefiniram a forma como os planos se conectavam. Mas e se a explicação for outra? E se o que realmente aconteceu não foi apenas o resultado de eventos mágicos, mas sim a ação de uma força cósmica vinda do próprio centro do Multiverso? Uma energia tão poderosa que, ao invés de atrair, empurra tudo para longe de si, abrindo caminho e gerando constantemente novos planos em sua esteira.
Essa hipótese, no entanto, carrega consigo duas possíveis catástrofes iminentes, ambas igualmente apocalípticas: Se o Macroverso for infinito, chegará um momento em que o espaço entre os planos atingirá o ponto de entropia máxima. A perda progressiva de energia resultante desse afastamento acabará levando à estagnação e, por fim, à morte de tudo o que conhecemos. Se o Macroverso for finito, a situação pode ser ainda pior. Tal como um tecido sendo esticado além de sua resistência, haverá um instante em que a própria estrutura do Multiverso se romperá, gerando uma rasgadura irreparável que decretaria seu fim absoluto.
Em outras palavras:Independentemente do cenário, o fim do Multiverso de Magic não é apenas uma possibilidade distante, mas uma conclusão inevitável de sua própria existência. E se isso soa desesperado, talvez reste um pequeno consolo: o mesmo pode ser dito sobre o nosso próprio universo. A expansão cósmica, em escala real, também caminha para cenários de morte térmica ou colapso estrutural.
Não se preocupe, aproveite a viagem
- Conclusão
Com essa nova leva de informações, um movimento paradoxal se revela diante de nós. Ao mesmo tempo em que passamos a compreender muito mais sobre um tema até então pouco explorado — a própria estrutura do Multiverso de Magic: The Gathering —, descobrimos que cada resposta abre caminho para uma enxurrada de novas perguntas.
Assim como acontece com a ciência em nosso mundo, mergulhar nos segredos do Limiar, do Macroverso e da Expansão não nos traz certezas definitivas, mas sim um emaranhado de possibilidades. E, sinceramente, essa é justamente a parte que mais me fascina. Ler, refletir e teorizar sobre o destino do Multiverso é uma experiência que, para mim, torna a lore de Magic ainda mais especial.
Mas nossa jornada não termina aqui. Muito pelo contrário: acabamos de abrir a porta para um novo capítulo desta investigação. Se agora entendemos um pouco melhor onde se passa a grande tapeçaria da história de Magic, o próximo passo é perguntar: quem vive dentro dela? No meu próximo artigo da Enciclopédia do Multiverso, vamos mergulhar no estudo das espécies que habitam e viajam entre os planos e estruturas. Quem são elas, quais são suas origens e como se relacionam com as forças que moldam a realidade?
Como sempre, agradeço imensamente o apoio de vocês. Se quiserem dar uma olhada nos meus outros artigos para estar por dentro dos últimos eventos da história, é só buscar aqui no arquivo da LigaMagic ou em meu perfil na LigaYugiOh vocês também podem encontrar alguns artigos que escreve sobre a Lore do Abismo.
Resta a pergunta: Se pudessem resgatar um plot, qual seria?
Bruno Trujillo, conhecido também como Dingo, é jogador de Magic: The Gathering desde 2018 e de jogos de carta desde 2015. Apaixonado por cardgames e por mundos fantásticos, produz conteúdos escritos sobre eles desde 2017, sendo estudante nas horas vagas e pesquisador de Lore em tempo Integral, também tem como Hobby Boardgames e RPGs. Se for para explorar um novo mundo, ou desvendar suas historias perdidas, este Hobbit estará pronto!
Bruno, se possivel for, seria interessante comparar as compreensōes q tinhamos do multiverso antes do Edge com a que temos agora...É possivel q minha interpretação seja muito pobre (generalizando tudo com base em nossa propria cosmologia), mas sinceramente acho q jogaram no lixo o misterio de duvidas sobre, por exemplo, a natureza dos planos (só planetas?) ao move-lo rumo a produção de sentidos aos limites e exterior, bem como a quem esta apto a manipular isso tudo e mais um pouco.P.s.: ainda não terminei essa lore, mas o eventual plano de fundo pra uma "renascença" das compreensōes do game sobre si msm, confesso, me brocha sintomaticamente (em especial, por parecer "empurrar" uma evolução tecnologica a tudo q pode destruir a possibilidade da continuidade a convivencia entre magia e construçōes artifices mais arcaicas - como no proprio tempo de Urza)
Não sei se entendi o q vc quis dizer. Mas parece q até dentro da Wizards eles costumam tratar os planos como se fossem só aquele mundo/planeta onde os planinautas transplanam (inclusive foi dito q cada planeta do Edge tem um tamanho correspondente a maioria dos planos médios do Multiverso). Só q o certo é pensar em q cada plano é um Universo inteiro, e não somente 1 unico Mundo/Planeta. Claro, devido a narrativa, até onde sabemos, nenhum planinauta transplana pra outros mundos no mesmo universo de um plano conhecido pela gente. Por exemplo, tanto Dominária, quando Ravnica, possuem mais de 1 planeta (e provavelmente um Sistema Solar tambem, talvez). O pq planinautas acabam não indo parar nesses outros planetas fora dos q conhecemos é um mistério. Além disso, muitos planos conhecidos não parecem ter ou serem Planetas (Tenho minhas dúvidas sobre Amonkhet e Avishkar, mas dado q eles possuem estrelas, e em Avishkar eles estão começando um programa espacial, talvez esses planos tenham seus próprios Universos e Sistema Solar). Sabemos por exemplo q Lorwyn não é um Planeta, e q provavelmente não possui um Espaço Sideral, assim como Theros e (agora também) Duskmourn. Perguntei uma vez pro Jay Anelli sobre se existiam outras civilizações (aliens) no espaço sideral de Duskmourn antes da mansão engolir tudo, pois tinha-se indícios de Aliens nas cartas, como uma carta com Nave Espacial, e outra mostrando um alien. E ele disse, q na verdade aquilo são apenas representações do medo das pessoas do plano, e não q existiam de verdade. O q é engraçado, vide o tamanho quase infinito da Mansão, devido a ter engolido o Universo Inteiro daquele plano. Sabemos, por exemplo, q Muraganda tem Corpos Celestes, e q uma civilização antiga ja conseguiu chegar a pelo menos uma das Luas do planeta. Ixalan provavelmente não possui Espaço Sideral ou Sistema Solar (devido as informações da ultima Lore), ou se tiver, é bem menor (ja q tem uma carta com Meteoro caíndo naquele mundo, representando uma visão do futuro).
Ótimas adiçōes a minha questão e ao artigo em geral mano (quase supre a necessidade do pedido que fiz ao Bruno)...Li e reli tudo (inclusive o artigo), e acho q nossas compreensōes de plano estão alinhadas pois, reitero, sempre tive a percepção de incerteza sobre o q este é. Vejo essa estrategia de "indefinição" como grande "desculpa" da Wiz poder alterar os produtos em futuro proximo ou distante, então não acho q eles vão cravar qualquer coisa (haja visto os varios "furos" na Lore q o proprio Bruno ja usou como tema, ou a solução porca de um objeto que da abertura para outros tantos - como a "suspenção" recente de Phyrexia, gerando uma corrida sabe-se la pra onde q, por alto, ja libertou um vilão classico, gerou potenciais iguais ou proximos, e mais uma porrada de aberturas pra ghost writers mundo afora comprometerem a continuidade do poco de integridade doq ta ai)
[quote=Raishark=quote][quote=Andrablio=quote]Bruno, se possivel for, seria interessante comparar as compreensōes q tinhamos do multiverso antes do Edge com a que temos agora...É possivel q minha interpretação seja muito pobre (generalizando tudo com base em nossa propria cosmologia), mas sinceramente acho q jogaram no lixo o misterio de duvidas sobre, por exemplo, a natureza dos planos (só planetas?) ao move-lo rumo a produção de sentidos aos limites e exterior, bem como a quem esta apto a manipular isso tudo e mais um pouco.P.s.: ainda não terminei essa lore, mas o eventual plano de fundo pra uma \"renascença\" das compreensōes do game sobre si msm, confesso, me brocha sintomaticamente (em especial, por parecer \"empurrar\" uma evolução tecnologica a tudo q pode destruir a possibilidade da continuidade a convivencia entre magia e construçōes artifices mais arcaicas - como no proprio tempo de Urza)[/quote]Não sei se entendi o q vc quis dizer. Mas parece q até dentro da Wizards eles costumam tratar os planos como se fossem só aquele mundo/planeta onde os planinautas transplanam (inclusive foi dito q cada planeta do Edge tem um tamanho correspondente a maioria dos planos médios do Multiverso). Só q o certo é pensar em q cada plano é um Universo inteiro, e não somente 1 unico Mundo/Planeta. Claro, devido a narrativa, até onde sabemos, nenhum planinauta transplana pra outros mundos no mesmo universo de um plano conhecido pela gente. Por exemplo, tanto Dominária, quando Ravnica, possuem mais de 1 planeta (e provavelmente um Sistema Solar tambem, talvez). O pq planinautas acabam não indo parar nesses outros planetas fora dos q conhecemos é um mistério. Além disso, muitos planos conhecidos não parecem ter ou serem Planetas (Tenho minhas dúvidas sobre Amonkhet e Avishkar, mas dado q eles possuem estrelas, e em Avishkar eles estão começando um programa espacial, talvez esses planos tenham seus próprios Universos e Sistema Solar). Sabemos por exemplo q Lorwyn não é um Planeta, e q provavelmente não possui um Espaço Sideral, assim como Theros e (agora também) Duskmourn. Perguntei uma vez pro Jay Anelli sobre se existiam outras civilizações (aliens) no espaço sideral de Duskmourn antes da mansão engolir tudo, pois tinha-se indícios de Aliens nas cartas, como uma carta com Nave Espacial, e outra mostrando um alien. E ele disse, q na verdade aquilo são apenas representações do medo das pessoas do plano, e não q existiam de verdade. O q é engraçado, vide o tamanho quase infinito da Mansão, devido a ter engolido o Universo Inteiro daquele plano. Sabemos, por exemplo, q Muraganda tem Corpos Celestes, e q uma civilização antiga ja conseguiu chegar a pelo menos uma das Luas do planeta. Ixalan provavelmente não possui Espaço Sideral ou Sistema Solar (devido as informações da ultima Lore), ou se tiver, é bem menor (ja q tem uma carta com Meteoro caíndo naquele mundo, representando uma visão do futuro).[/quote]Ótimas adiçōes a minha questão e ao artigo em geral mano (quase supre a necessidade do pedido que fiz ao Bruno)...Li e reli tudo (inclusive o artigo), e acho q nossas compreensōes de plano estão alinhadas pois, reitero, sempre tive a percepção de incerteza sobre o q este é. Vejo essa estrategia de \"indefinição\" como grande \"desculpa\" da Wiz poder alterar os produtos em futuro proximo ou distante, então não acho q eles vão cravar qualquer coisa (haja visto os varios \"furos\" na Lore q o proprio Bruno ja usou como tema, ou a solução porca de um objeto que da abertura para outros tantos - como a \"suspenção\" recente de Phyrexia, gerando uma corrida sabe-se la pra onde q, por alto, ja libertou um vilão classico, gerou potenciais iguais ou proximos, e mais uma porrada de aberturas pra ghost writers mundo afora comprometerem a continuidade do poco de integridade doq ta ai)
Acho q o conceito de Tempo é mais interessante q o conceito de Espaço em Magic. Por exemplo, quando os Elder Dragons surgiram em Dominária, aquele plano ja tinha humanoides formando pequenas civilizações, até os humanos ja existiam na época, mas eram quase como homens das cavernas. Se fomos pegar a Terra como referencia, isso significa q Dominária ja existia a milhões de anos antes do surgimentos dos primeiros Elder Dragons (e o surgimento deles é um dos eventos mais antigos q conhecemos do multiverso). Perto da existencia dele, ja existiam planinautas pelo multiverso, incluindo aquele q criou Phyrexia. Os Cristais em Ikoria não são coisas tão recentes assim. Provavelmente Equilor ja estava em decadencia no momento em q os Elder Dragons surgiram em Dominária, sendo Equilor um dos planos mais antigo, se não o mais antigo q conhecemos, e ainda sendo um dos planos mais distantes do Multiverso (provavelmente fazendo divisa com o Edge). E existe até hoje, com uma pequena civilização e criaturas aterradoras existindo la. Quando mundo ja não existiram e se foram, quantas histórias e aventuras não aconteceram, quantas mudanças os planos, planinautas e o Multiverso não sofreu por conta de seres q ja deixaram de existir. Tudo isso eu acho bem mais intrigante, do q o qual vasto é a existencia fisica do Multiverso e Edge.
Acho q o conceito de Tempo é mais interessante q o conceito de Espaço em Magic. Por exemplo, quando os Elder Dragons surgiram em Dominária, aquele plano ja tinha humanoides formando pequenas civilizações, até os humanos ja existiam na época, mas eram quase como homens das cavernas. Se fomos pegar a Terra como referencia, isso significa q Dominária ja existia a milhões de anos antes do surgimentos dos primeiros Elder Dragons (e o surgimento deles é um dos eventos mais antigos q conhecemos do multiverso). Perto da existencia dele, ja existiam planinautas pelo multiverso, incluindo aquele q criou Phyrexia. Os Cristais em Ikoria não são coisas tão recentes assim. Provavelmente Equilor ja estava em decadencia no momento em q os Elder Dragons surgiram em Dominária, sendo Equilor um dos planos mais antigo, se não o mais antigo q conhecemos, e ainda sendo um dos planos mais distantes do Multiverso (provavelmente fazendo divisa com o Edge). E existe até hoje, com uma pequena civilização e criaturas aterradoras existindo la. Quando mundo ja não existiram e se foram, quantas histórias e aventuras não aconteceram, quantas mudanças os planos, planinautas e o Multiverso não sofreu por conta de seres q ja deixaram de existir. Tudo isso eu acho bem mais intrigante, do q o qual vasto é a existencia fisica do Multiverso e Edge.
Ótima reflexão e artigo. Mas, se não me engano, Ravnica tomou o lugar de Dominária de Centro do Multiverso depois dos acontecimentos da Emenda. E além disso, dentro do Edge, temos o Multiverso, no caso, esse q conhecemos é Dominia. Então é presumível q o q está fora do Edge sejam outros Multiversos, como a própria Blabóvia (q não faz parte do Multiverso de Dominia). A minha forma de ver tudo o q nos foi demonstrado nos ultimos tempo da Lore de Magic, é q Multiverso e Edge se comportam como uma Célula. O Edge seria a parede celular, as Eternidades Cegas seriam os fluidos dentro da célula, e os planos seriam os ribossomos e outras organelas. E como num corpo, cada Multiverso estaria dentro de outra substância q separariam os diversos Multiversos não-conhecidos, cada um protegido e separado por um próprio Edge, ou mesmo sendo cada um separados apenas pelo Edge q conhecemos recente. De qualquer forma, o q esta Além do Edge não importa, só no Multiverso de Domínia existem um número quase infinitos de Mundos q nem conhecemos ainda. Eu diria q não conhecemos nem 5% dos planos existentes em Domínia. E se focar nesse lado quase infinitamente maior q é o Edge e Além, é esquecer o propósito do Multiverso e dos Planos, é fazer justamente o q o artigo fala, expandir tanto a Lore do Magic, q ela irá se desfazer por completo. E agora com só 3 planos por ano, com a Lore bem reduzida e espaçada por ano, é se focar em algo q não vai trazer nada de bom pra gente.
uma reflexão preocupante... a expansão destruindo o magic...
[quote=Raishark=quote]Ótima reflexão e artigo. Mas, se não me engano, Ravnica tomou o lugar de Dominária de Centro do Multiverso depois dos acontecimentos da Emenda. E além disso, dentro do Edge, temos o Multiverso, no caso, esse q conhecemos é Dominia. Então é presumível q o q está fora do Edge sejam outros Multiversos, como a própria Blabóvia (q não faz parte do Multiverso de Dominia). A minha forma de ver tudo o q nos foi demonstrado nos ultimos tempo da Lore de Magic, é q Multiverso e Edge se comportam como uma Célula. O Edge seria a parede celular, as Eternidades Cegas seriam os fluidos dentro da célula, e os planos seriam os ribossomos e outras organelas. E como num corpo, cada Multiverso estaria dentro de outra substância q separariam os diversos Multiversos não-conhecidos, cada um protegido e separado por um próprio Edge, ou mesmo sendo cada um separados apenas pelo Edge q conhecemos recente. De qualquer forma, o q esta Além do Edge não importa, só no Multiverso de Domínia existem um número quase infinitos de Mundos q nem conhecemos ainda. Eu diria q não conhecemos nem 5% dos planos existentes em Domínia. E se focar nesse lado quase infinitamente maior q é o Edge e Além, é esquecer o propósito do Multiverso e dos Planos, é fazer justamente o q o artigo fala, expandir tanto a Lore do Magic, q ela irá se desfazer por completo. E agora com só 3 planos por ano, com a Lore bem reduzida e espaçada por ano, é se focar em algo q não vai trazer nada de bom pra gente.[/quote]uma reflexão preocupante... a expansão destruindo o magic...
Ótima reflexão e artigo. Mas, se não me engano, Ravnica tomou o lugar de Dominária de Centro do Multiverso depois dos acontecimentos da Emenda. E além disso, dentro do Edge, temos o Multiverso, no caso, esse q conhecemos é Dominia. Então é presumível q o q está fora do Edge sejam outros Multiversos, como a própria Blabóvia (q não faz parte do Multiverso de Dominia). A minha forma de ver tudo o q nos foi demonstrado nos ultimos tempo da Lore de Magic, é q Multiverso e Edge se comportam como uma Célula. O Edge seria a parede celular, as Eternidades Cegas seriam os fluidos dentro da célula, e os planos seriam os ribossomos e outras organelas. E como num corpo, cada Multiverso estaria dentro de outra substância q separariam os diversos Multiversos não-conhecidos, cada um protegido e separado por um próprio Edge, ou mesmo sendo cada um separados apenas pelo Edge q conhecemos recente. De qualquer forma, o q esta Além do Edge não importa, só no Multiverso de Domínia existem um número quase infinitos de Mundos q nem conhecemos ainda. Eu diria q não conhecemos nem 5% dos planos existentes em Domínia. E se focar nesse lado quase infinitamente maior q é o Edge e Além, é esquecer o propósito do Multiverso e dos Planos, é fazer justamente o q o artigo fala, expandir tanto a Lore do Magic, q ela irá se desfazer por completo. E agora com só 3 planos por ano, com a Lore bem reduzida e espaçada por ano, é se focar em algo q não vai trazer nada de bom pra gente.
Ótima reflexão e artigo. Mas, se não me engano, Ravnica tomou o lugar de Dominária de Centro do Multiverso depois dos acontecimentos da Emenda. E além disso, dentro do Edge, temos o Multiverso, no caso, esse q conhecemos é Dominia. Então é presumível q o q está fora do Edge sejam outros Multiversos, como a própria Blabóvia (q não faz parte do Multiverso de Dominia). A minha forma de ver tudo o q nos foi demonstrado nos ultimos tempo da Lore de Magic, é q Multiverso e Edge se comportam como uma Célula. O Edge seria a parede celular, as Eternidades Cegas seriam os fluidos dentro da célula, e os planos seriam os ribossomos e outras organelas. E como num corpo, cada Multiverso estaria dentro de outra substância q separariam os diversos Multiversos não-conhecidos, cada um protegido e separado por um próprio Edge, ou mesmo sendo cada um separados apenas pelo Edge q conhecemos recente. De qualquer forma, o q esta Além do Edge não importa, só no Multiverso de Domínia existem um número quase infinitos de Mundos q nem conhecemos ainda. Eu diria q não conhecemos nem 5% dos planos existentes em Domínia. E se focar nesse lado quase infinitamente maior q é o Edge e Além, é esquecer o propósito do Multiverso e dos Planos, é fazer justamente o q o artigo fala, expandir tanto a Lore do Magic, q ela irá se desfazer por completo. E agora com só 3 planos por ano, com a Lore bem reduzida e espaçada por ano, é se focar em algo q não vai trazer nada de bom pra gente.
Bruno, se possivel for, seria interessante comparar as compreensōes q tinhamos do multiverso antes do Edge com a que temos agora...É possivel q minha interpretação seja muito pobre (generalizando tudo com base em nossa propria cosmologia), mas sinceramente acho q jogaram no lixo o misterio de duvidas sobre, por exemplo, a natureza dos planos (só planetas?) ao move-lo rumo a produção de sentidos aos limites e exterior, bem como a quem esta apto a manipular isso tudo e mais um pouco.P.s.: ainda não terminei essa lore, mas o eventual plano de fundo pra uma "renascença" das compreensōes do game sobre si msm, confesso, me brocha sintomaticamente (em especial, por parecer "empurrar" uma evolução tecnologica a tudo q pode destruir a possibilidade da continuidade a convivencia entre magia e construçōes artifices mais arcaicas - como no proprio tempo de Urza)
Não sei se entendi o q vc quis dizer. Mas parece q até dentro da Wizards eles costumam tratar os planos como se fossem só aquele mundo/planeta onde os planinautas transplanam (inclusive foi dito q cada planeta do Edge tem um tamanho correspondente a maioria dos planos médios do Multiverso). Só q o certo é pensar em q cada plano é um Universo inteiro, e não somente 1 unico Mundo/Planeta. Claro, devido a narrativa, até onde sabemos, nenhum planinauta transplana pra outros mundos no mesmo universo de um plano conhecido pela gente. Por exemplo, tanto Dominária, quando Ravnica, possuem mais de 1 planeta (e provavelmente um Sistema Solar tambem, talvez). O pq planinautas acabam não indo parar nesses outros planetas fora dos q conhecemos é um mistério. Além disso, muitos planos conhecidos não parecem ter ou serem Planetas (Tenho minhas dúvidas sobre Amonkhet e Avishkar, mas dado q eles possuem estrelas, e em Avishkar eles estão começando um programa espacial, talvez esses planos tenham seus próprios Universos e Sistema Solar). Sabemos por exemplo q Lorwyn não é um Planeta, e q provavelmente não possui um Espaço Sideral, assim como Theros e (agora também) Duskmourn. Perguntei uma vez pro Jay Anelli sobre se existiam outras civilizações (aliens) no espaço sideral de Duskmourn antes da mansão engolir tudo, pois tinha-se indícios de Aliens nas cartas, como uma carta com Nave Espacial, e outra mostrando um alien. E ele disse, q na verdade aquilo são apenas representações do medo das pessoas do plano, e não q existiam de verdade. O q é engraçado, vide o tamanho quase infinito da Mansão, devido a ter engolido o Universo Inteiro daquele plano. Sabemos, por exemplo, q Muraganda tem Corpos Celestes, e q uma civilização antiga ja conseguiu chegar a pelo menos uma das Luas do planeta. Ixalan provavelmente não possui Espaço Sideral ou Sistema Solar (devido as informações da ultima Lore), ou se tiver, é bem menor (ja q tem uma carta com Meteoro caíndo naquele mundo, representando uma visão do futuro).
[quote=Andrablio=quote]Bruno, se possivel for, seria interessante comparar as compreensōes q tinhamos do multiverso antes do Edge com a que temos agora...É possivel q minha interpretação seja muito pobre (generalizando tudo com base em nossa propria cosmologia), mas sinceramente acho q jogaram no lixo o misterio de duvidas sobre, por exemplo, a natureza dos planos (só planetas?) ao move-lo rumo a produção de sentidos aos limites e exterior, bem como a quem esta apto a manipular isso tudo e mais um pouco.P.s.: ainda não terminei essa lore, mas o eventual plano de fundo pra uma \"renascença\" das compreensōes do game sobre si msm, confesso, me brocha sintomaticamente (em especial, por parecer \"empurrar\" uma evolução tecnologica a tudo q pode destruir a possibilidade da continuidade a convivencia entre magia e construçōes artifices mais arcaicas - como no proprio tempo de Urza)[/quote]Não sei se entendi o q vc quis dizer. Mas parece q até dentro da Wizards eles costumam tratar os planos como se fossem só aquele mundo/planeta onde os planinautas transplanam (inclusive foi dito q cada planeta do Edge tem um tamanho correspondente a maioria dos planos médios do Multiverso). Só q o certo é pensar em q cada plano é um Universo inteiro, e não somente 1 unico Mundo/Planeta. Claro, devido a narrativa, até onde sabemos, nenhum planinauta transplana pra outros mundos no mesmo universo de um plano conhecido pela gente. Por exemplo, tanto Dominária, quando Ravnica, possuem mais de 1 planeta (e provavelmente um Sistema Solar tambem, talvez). O pq planinautas acabam não indo parar nesses outros planetas fora dos q conhecemos é um mistério. Além disso, muitos planos conhecidos não parecem ter ou serem Planetas (Tenho minhas dúvidas sobre Amonkhet e Avishkar, mas dado q eles possuem estrelas, e em Avishkar eles estão começando um programa espacial, talvez esses planos tenham seus próprios Universos e Sistema Solar). Sabemos por exemplo q Lorwyn não é um Planeta, e q provavelmente não possui um Espaço Sideral, assim como Theros e (agora também) Duskmourn. Perguntei uma vez pro Jay Anelli sobre se existiam outras civilizações (aliens) no espaço sideral de Duskmourn antes da mansão engolir tudo, pois tinha-se indícios de Aliens nas cartas, como uma carta com Nave Espacial, e outra mostrando um alien. E ele disse, q na verdade aquilo são apenas representações do medo das pessoas do plano, e não q existiam de verdade. O q é engraçado, vide o tamanho quase infinito da Mansão, devido a ter engolido o Universo Inteiro daquele plano. Sabemos, por exemplo, q Muraganda tem Corpos Celestes, e q uma civilização antiga ja conseguiu chegar a pelo menos uma das Luas do planeta. Ixalan provavelmente não possui Espaço Sideral ou Sistema Solar (devido as informações da ultima Lore), ou se tiver, é bem menor (ja q tem uma carta com Meteoro caíndo naquele mundo, representando uma visão do futuro).
Neste artigo, eu te convido pra uma viagem pelos precedentes que definem os retornos dos nossos planos favoritos — de Eldraine a Zendikar, de Tarkir a Alara. Bora teorizar, ..
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