A entrada de M19 amenizou um pouco o "efeito Chainwhirler". BR ainda é o deck mais jogado, tanto em suas variações Mono Red Splash como Midrange, mas eu diria que em uma parcela um pouco menor do que era antes. Vine Mare e Thorn Lieutenant, por exemplo, deram nova vida às variações de Mono Green. Nicol Bolas revitalizou o Grixis, enquanto Sai, Master Thopterist fez os decks de Aetherflux Reservoir voltarem com tudo. Zombies e o Turbo Fog, que estouraram no Pro Tour, também se baseiam em cards da coleção básica, sendo adições inéditas ao rol de decks viáveis no T2.
Ainda assim, vimos bastante dominância das variações de BR no Magic Online e no Pro Tour, com números variando entre 30 a 40% do metagame. Tal homogeneidade deve-se por alguns motivos: os cards em sua estratégia combinam versatilidade e poder de fogo. A maioria dos cards são excelentes ofensivamente, exigindo respostas completamente diferentes umas das outras em suas ameaças (Negate nada faz contra Chainwhirler ou Glorybringer remoções choram para uma Chandra, sweepers nada fazem contra Heart of Kiran ou Scrapheap Scrounger). Só que quando necessário, o deck também consegue por o pé no freio e tomar uma postura mais defensiva com as remoções e as várias formas de gerar 2x1s.
Se deve ser banido? Com a rotação acontecendo logo mais, acredito que seria um erro da Wizards. Boa parte do "pessoal de apoio" do Chainwhirler rotaciona (Bomat, Soul-Scar, Chandra, Hazoret, Kiran), e ainda não sabemos o que Ravnica vai nos trazer em termos de novas estratégias, e mesmo de "hate cards" para decks baseados em vermelho. Banir pela quinta vez desde que lançou Kaladesh seria um golpe forte na confiança do jogo.
Mas o que causou bafafá no card não foi o fato de ser broken ou unânime - muito do que seus pilotos conseguiram no Pro Tour 25th foi devido ao deck ser desconhecido e ninguém estar preparado para enfrentá-lo com hate de side. O real problema é a disponibilidade do card no mercado, considerando que ele só existe em versão FOIL (no Pro Tour, tiveram de ser utilizadas proxies com terrenos básicos) e para nós, reles mortais, o fato do preço do card ter estourado (no momento da escrita do artigo, ultrapassou os 45 dólares na SCG).
Assim como o Chainwhirler, não imagino que eles vão banir o card, que tem um power level e presença no meta muito mais baixa, além do fator "confiança no formato". Quanto à questão da demanda, no Magic Online foi fácil de corrigir ao aumentar a frequência com que o card vinha nos baús, mas não sei o quão viável é para a Wizards para fazê-lo no Magic de papel, considerando que eles fabricam e planejam a distribuição das edições com bastante antecedência. Por enquanto, acredito que no máximo eles façam algumas modificações na política de buy-a-box, seja colocando cards ainda mais voltados pro casual, permitindo que o card seja distribuído de outras maneiras ou mesmo acabando com a questão da "exclusividade de distribuição"; mas quanto ao Nexus, o que foi feito já foi feito e fica por isso mesmo.
Da mesma forma, o Símio joga apenas em algumas estratégias mais fringe, como Griselshoal, Rx Prision, Eldrazi Stompy, RG Breach, e obviamente como staple do Ad Nauseam. E atualmente nenhum desses decks está fazendo nada de mais ao formato, além de trazer elementos de variação e imprevisibilidade aos torneios. E embora esses cards estejam longe de ser o que chamamos de "balanceado" ou "justo", tampouco são a fonte de todos os males que permeiam o Modern, devendo permanecer no formato pelos próximos anos já que contribuem bastante ao aspecto diversidade.
Agora, o card que entrou na roda como "novidade" depois desse Pro Tour: Faithless Looting. Sabe esses Hollow One, Bridgevine, Death's Shadow e Mardu Pyromancer do parágrafo anterior? Todos eles têm esse card em comum. Chega a ser até engraçado que, depois de todos esses anos de Modern, Faithless Looting finalmente foi "quebrada". Diferente de Ponder ou Stirrings, a seleção do feitiço vermelho acaba se transformando em "recurso negativo", ao deixar seu controlador com menos um card na mão após a resolução. Entretanto, ele gera card advantage virtual, sendo maximizado em shells que exploram, ou mais do que isso, levam aos limites, as interações entre mão/cemitério/campo de batalha.
E quanto a vocês, leitores, como enxergam esse velho papo sobre ban depois de cada Pro Tour? Acreditam que algum card deveria levar o martelo? Ou que deveria continuar jogando T2/Modern? Compartilhem suas opiniões sobre essas polêmicas nos comentários!
kkkk.. Eu sei mano, isso não é sofrer nem chorar como outros ai disseram.. É simplesmente analisar e projetar o formato com as informações que temos...
Azcanta e Teferi são tão fortes em sinergia que mudaram até o meta do Modern e subiram de patamar o UW Control.. E os aggros tão perdendo mto mais do que os controles com a rotação. Isso é um fato.
Mas aguardemos Ravnica ansiosos...
Banir ancient não mata o tron, só o deixa mais lento, e com menos consistência. Se isso acontecer , talvez vejamos o U/X Tron voltando a ativa tb.
Vejo o modern caminhando pra um formato de decks super aggressivos ou combos ultra rápidos.
Twin obrigava essa galera a ter alguma interação. na época do twin tinha os midranges jogáveis (abzan, jund)
Fora fatal push e outros cards que não existiam