Dia 2 de Julho é aquele dia emocionante que vem para alegrar nossas vidas (ou destruí-las completamente) e que volta de 3 em 3 meses, isso mesmo! É o anúncio de atualização da Banlist!

Eu não estou aqui para falar sobre Goblin Chainwhirler ou sobre a galerinha do bem que quer a gloriosa Stoneforge Mystic válida no Modern. Eu vim aqui para te dizer que, apesar do choro, Deathrite Shaman não deveria ser banido do Legacy.

 

O Legacy é um formato onde todas as edições lançadas são válidas, desde earlier sets como Alpha, Arabian Nights e Legends, à edições atuais do Standard (Ixalan, Dominaria), fora as edições que nunca foram válidas em T2, como Conspiracy, e Commander Sets, e isso já nos dá uma quantidade gigantesca de cartas para trabalhar, mas infelizmente não temos tempo/vontade de testar todas as interações possíveis entre todas as cartas toda vez que uma nova edição é lançada. O que quero dizer é que existem inúmeras cartas que funcionam bem juntas e em diferentes combinações, mas é muito difícil colocar elas num formato tão poderoso quanto o T1.5

Deathrite Shaman, assim como muitas outras cartas presentes no formato, vêm causando um grande alarde e muitos pedidos por Ban, uns dizem que a carta é presente até demais, enquanto outros dizem que não passa de uma staple. Vamos colocar na balança os motivos e ver como DRS se comporta no formato.

Motivos pelos quais devem considerar o Banimento do Shaman:

 

 - Depois do “pack azul”(Brainstorm, Ponder e Force of Will) o Shaman é a carta mais jogada no Legacy, fazendo com que praticamente qualquer deck sem combo use Preto ou Verde as vezes só para usar o mana dork. Algumas vezes que experienciamos uma carta muito presente assim foram nos casos de Mental Misstep e de Survival of the Fittest, e ambas foram banidas do formato.

 

 

 - A alta presença do DRS no formato impede que algumas carta/deck se solidifique no formato. Ele lava, passa e cozinha, gera mana fora do verde, ganha vida, serve como kill condition e de quebra ainda é um hate de cemitério no palito.

 

 

 - Sim, o DRS é bem presente no formato, é inclusive a carta não-azul mais jogada do Legacy, mas isso não negativo. Brainstorm é a carta mais jogada e ela não está banida, e acredito que o Shaman deva ficar pelo mesmo motivo. Apesar de serem presentes até demais, são cartas necessárias para a consistência de grande parte do formato, nenhuma delas te dá free wins só por tê-las na mão inicial ou em campo (diferente dos já citados Mental Misstep e Survival of the Fittest), claro, Shaman é forte contra estratégias baseadas em cemitério, mas elas são rápidas o suficiente/tem side para conseguir não se importar com o pequeno elfo ½.

- O Shaman pode sim ser problemático para alguns decks como Dredge e Reanimator, mas isso não os impede de existir, Silent Gravestone, Contagion, Collective Brutality, Pithing Needle, e muitas outras são opções para lidar com a carta por tempo o suficiente para que o deck de cemitério faça seu plano e finalize a partida. O mirror de Shamans também não é só colocar o seu primeiro, fora a questão de gerar mais mana que seu oponente, um board stall de shamans é bem complexo de ser contornado pelo fator “eu posso exilar o que você está exilando” e o fator “Se eu virar meu shaman agora meu oponente estará livre para usar o cemitério dele”, acho importante esse tipo de profundidade em jogadas estar disponível no legacy, é uma das coisas que deixam o formato único e ótimo de se jogar.

 - Desde o banimento de Sensei's Divining Top o formato mudou demais, evoluiu de uma maneira que fazia tempo que não acontecia, hoje temos diversos decks realmente competitivos que não usam o Deathrite, Death and Taxes está com mais cartas fortes do que nunca, Mono Red Prison acabou de ganhar um GP, além dos diversos combos do formato que não o usam, então a frase “tem Shaman demais no formato” vem fazendo menos sentido.

 - Qualquer mudança em qualquer formato deve ser vista como Antes e Depois. Um grande erro é cometido quando as pessoas olham para determinado formato, num vácuo e falam: Se carta X fosse desbanida ela nem jogaria, olha o field hoje como está. Devemos sempre pensar que cada vez que uma carta é adicionada a um formato (seja por Unban ou por novas coleções), o formato inteiro pode mudar justamente porque aquela nova carta existe. No caso do Legacy não podemos pensar apenas em “Shaman é muito dominante merece ser banido”, mas o que aconteceria se ele fosse desbanido? Sem Shaman no formato os decks de cemitério ganhariam muita força, Reanimator já faz resultados mesmo num field infestado de Shamans, sem o dito cujo o Reanimator teria uma vantagem tremenda contra grande parte do field, e já vimos que o deck pode combar mesmo contra decks com múltiplas Surgicals e Rest in Peace. O mesmo é válido para Dredge, mas este é um pouco mais frágil. Não é porque um hate para algo existe que essa coisa é OK para o formato Levemos o Vintage como exemplo, Dredge é uma força presente e é loucura jogar com menos de 5 Hates para cemitério, e é muito ruim para um formato quando você é obrigado a usar um hate preventivo porque um deck é forte o suficiente para contornar apenas uma peça de ódio. The Tabernacle at Pendrell Vale já é um absurdo, imagina o quanto Lands não seria mais forte se não tivessem Shamans para contê-lo?

 

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Lembrando que esses são os meus argumentos sobre o Shaman, gostaria inclusive de discutir sobre isso, poste sua opinião nos comentários abaixo.
A cultura do Choro= Ban se tornou tão presente que hoje em dia nós primeiro pensamos em banir uma carta invés de pensar em como resolver o problema, claro que em alguns casos o ban é a melhor opção(Eye of Ugin), mas em outros o choro é totalmente desnecessário(Storm no final de 2017).

 

Um beijo, um abraço e aquele day 2 no GP, até a próxima semana!