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Report top8 no RPTQ
Counter Company para o topo!
Por
17/11/2017 10:00 - 3.626 visualizações - 25 comentários
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Eu tinha a vaga do RPTQ por pura sorte. Decidi jogar o PPTQ da Power9 em Campinas logo na primeira semana da Season, peguei um deck emprestado, o Abzan Traverse, um midrange que faz um toolbox com Traverse the Ulvenwald​, e acabei levando o dia com uma sorte incrível nos top decks. Chega o GP, decido ir de Abzan Midrange, pois achava a match contra Grixis Death Shadow favorável e esperava jogar contra eles várias vezes. Depois de jogar todo o primeiro dia, término 5-4 sem ter enfrentado nenhum Death Shadow.
 
No GP, em 9 rodadas de Magic eu joguei contra 9 decks diferentes. Notei como meu plano de sideboard não abrangia nenhum pouco o que eu precisava ao longo do torneio. Apesar de ter treinado bastante, notei uma coisa que eu relutava fazia um tempo: Modern é horrível.

Não me entendam mal. Eu adoro jogar Modern, porém, é necessário aceitar que com a variedade de estratégias no formato é impossível se preparar para todas elas e mais, com todos os ângulos de ataque que o Modern proporciona, a chance de pegar bad matchs ao longo do dia é muito grande (e quando eu digo bad matchs, são bad matchs mesmo, no estilo 80-20), então é bem complicado usar ele como formato competitivo, quando o Deus dos Pairings pode estar do seu lado ou não. Essa variância irrita a maioria dos pros quando falam desse formato e começou a me irritar também, a dificuldade do seu side cobrir todas as matchs e como o metagame não existe como em outros formatos.
 
Mas vamos ao RPTQ...
 
Escolha de Deck:

Dado o fracasso do GP eu decidi que queria usar um deck que causasse problemas e não um que tentasse solucioná-los. Durante meu processo de escolha passei por 4 decks: Abzan company, Auras, Storm e Burn.
 
Após alguns testes com os 4 estava decidido ir de Company ou Storm, tendo escolhido o company por medo de pegar humanos no field, baralho que cresceu em popularidade no Magic Online e tem de main deck Meddling Mage e Thalia, Guardian of Thraben​, para acabar com o storm. Além disso, os Hates contra storm estariam no side de todos e teria que navegar por um mar de hate durante o torneio. O ponto era que o RG Valakut tinha ido muito bem nos PPTQs e se vários desses jogadores mantivessem os decks, Storm seria uma bela escolha, sabendo disso, mais gente pensava em hates como Leyline of Sanctity, Witchbane Orb​ e outros hates para o Storm.,

Me diverti bastante nos treinos de Company e como seriam 7 rodadas jogando no campeonato, melhor que estivesse me divertindo!
 
Abzan CO-CO-CO-COMBO
 
15/11/2017
R$ 1.458,81
R$ 4.506,36
R$ 33.327,33
 
15/11/2017
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (30)
1   Balista Ambulante   53,99
4   Aves do Paraíso  22,50
3   Hierarca Nobre  48,99
2   Vidente Visceral  1,15
4   Druida Devotado   1,25
1   Lodo Necrófago   0,49
3   Recrutador de Vigia do Crepúsculo   1,37
4   Vizir dos Remédios   0,25
4   Informantes de Cozinha    0,50
1   Rhonas, o Indômito   21,99
3   Testemunha Eterna    2,49
Mágicas (8)
4   Acorde do Chamado     23,00
4   Companhia Agrupada   48,45
Terrenos (22)
2   Bosque das Margens Cortantes 13,60
4   Catacumbas Verdejantes 88,75
1   Condado de Gavony 3,00
1   Copas do Horizonte 28,95
4   Floresta 0,00
2   Jardim do Templo 31,99
2   Planície 0,00
2   Tumba Abandonada 29,50
4   Urzal Ventoso 58,90
60 cards total

Sideboard (15)
2   Denegeração Abrupta   7,98
1   Espírito Altruísta   7,55
1   Kataki, Soldo de Guerra   4,09
1   Lodo Necrófago   0,49
1   Mago do Bando Qasali   0,15
2   Voz da Ressurgência   9,95
2   Coletor de Pecados    0,08
1   Cruzado Mirraniano    0,53
2   Eidolon da Retórica   6,00
1   Mnemocensor Aviano   0,63
1   Rastreador Incansável   3,50

O torneio:

1°rodada: BG tron

Uma match bem “race”, eu tento combar, ele tenta fechar o tron, quem for mais rápido vence. Era o que eu pensava. No game 1 ele não fechou o tron e utilizou uma Collective Brutality matando meu Devoted Druid no 2 e tirando o Chord of Calling que me daria a vitória. Acabei fazendo duas criaturas e  batendo nele. Quando ele fechou o tron, desceu um Ugin, the Spirit Dragon que limpou minha mesa. A sorte foi que eu tinha uma Collected Company de backup na mão que encontrou o combo.
 
No game 2, ele demora pra achar um payoff, porém acha muita interação e eu floodo. Eu decido dar um Chord of Calling pra Rhonas, o Indomito com 2 Kitchen Finks na mesa e 9 manas no campo, o suficiente para bater letal.
 
2-0
 
2° Rodada: Grixis Death Shadow – Caparroz (que ainda me deve uma fetch por uma aposta, apenas para registro)

O jogo contra Grixis DS costuma ser bem complicado para a maioria dos combos, pois ele tem muitos descartes, counters e além disso um clock bem rápido.

O game 1 eu combei de vida infinita no turno 3, sem ele ter feito muita coisa, porém continuou jogando para obter informações do meu deck.
O game 2 ele me atropelou com direito a Tasigur, the Golden Fang no 2, descarte eremoção nos turnos 3 e 4.
 
 
O game 3 foi o interessante. Eu abri com o combo na mão e com pouca coisa mais, ele com muita interação porém, sem criaturas para racear. Após me controlar, o jogo ficou parado, até eu achar um Tireless Tracker, que me deu mais recursos, entre eles duas Voice of Resurgence. Quando ele finalmente encontrou uma Death's Shadow​, ela estava 8/8 e atacou para cima dos meus 12 pontos de vida, mas com esse ataque ele moorreria na volta... Ao menos que... Como leio os artigos dele aqui na liga, me lembrei que ele é um grande fã de Temur Battle Rage e que provavelmente teria 2 em sua lista (eu não sou tão fã da carta, mas isso é discussão para outra hora), então decidi bloquear, apesar de achar que poderia ser um blefe da parte dele, com um triplo block que me garantiu a vitória. (Sim, ele tinha o Temur Battle Rage na mão, ufa).
 
2-1
 
3° Rodada: Valakut – Obama

Essa match foi bem triste, mulligando a 6 no G1 e tomando um Lightning Bolt no Devoted Druid​, com ele combando no turno 5, e no G2 eu mulligo a 4 keepando 2 lands, 1 Birds of Paradise e 1 Collected Company que não são nem de longe rápidas o suficiente contra o valakut. “That’s modern folks”
 
4° Rodada: Valakut – Antônio Zanutto
 
Game 1 eu perco para um combo mais rápido (com ele na play) e um bolt de backup.
Game 2 eu mulligo a 5 e keepo uma mão de 2 lands, Viscera Seer, Aven Mindcensor e 1 Collected Company já aceitando uma possível derrota. Eu abro de mana Viscera Seer, e ele de mana e Search for Tomorrow. No meu turno eu compro uma Noble Hierarch, faço ela e bato. No turno dele ele pensa um pouco, e decide fazer um Summoner's Pact para Sakura-Tribe Elder, pensando em pegar um terreno com o Sakura e um com o Search, podendo pagar o pacto no próximo turno. Olho para o Aven na minha mão e a maldade está feita. Bato com o Viscera Seer, ele bloqueia e sacrifica o Sakura, eu respondo com Aven. Nesse momento eu acho que ele dá uma tiltada pois começa a tremer e ficar bravo.
O game 3 ele acaba fazendo umas decisões erradas (acredito que pelo game anterior) e eu combo rapidamente.
 
5° Rodada: Valakut

Eu só conseguia pensar “CHEGAAAAAA DE VALAKUT, cade aquele formato diverso???”
G1 eu mulligo a 5, keepando uma mao de 2 florestas, 2 Collected Company e um Kitchen Finks.  Ele estava no play e muito explosivo, combando no 4, então tudo que ele viu eu fazer foram 3 florestas e 1 Kitchen Finks
G2 eu combo super rápido com ele não tendo sideado completamente para a match
G3 foi uma match estranha, em que ele veio com bastante interação e conseguiu parar o combo. Ele passa com 6 manas abertas e 3 na mão (então sem Primeval Titan), faço um Sin Collector e vejo 1 Scapeshift e 2 lands, e começa a race! Ele compra 3 cartas e nenhuma era um payoff ,e eu acabo vencendo.
 
6° Rodada: Storm

Um match bem sem interação no G1, que ele tem vantagem por ter mais consistência, mas a partir do G2 eu tenho acesso a mais hates do side que favorecem bastante a match.
G1 sou combado no turno 3 dele. E G2 e G3 eu faço Eidolon da Retorica no 2, complicando bastante a vida dele.
 
7° Rodada: ID

Acabo o torneio em 4° lugar podendo começar o jogo nas Quartas, e garantindo vaga para o próximo RPTQ.
 
Quartas-de-final: Affinity

Game 1, sabendo  que é um Affinity eu mulligo minha mão de 3 dorks 3 lands e 1 Chord of Calling por não achar que seria boa o suficiente. E minha mão de 6 cartas é composta de: 2 Devoted Druid, 1 Vizier of Remedies, 1 Chord of Calling, 1 Collected Company e um Horizon Canopy. Como o Affinity não tem tantas interações e mata no turno 4, decido keepar precisando encontrar um terreno até o turno 3, ou seja 1 ,scry e dois draws. Não encontro o terreno e perco esse game.

Game 2 mulligo a 6 com uma mão parecida só que com uma land invés do segundo druida, e combo rapidamente.
 
Game 3 foi a tristeza. Abro mãos de 7, 6 e 5 cartas sem lands e keepo uma mão de 4 com 2 lands, Duskwatch Recruiter e Viscera Seer. Ele começa bem devagar com apenas 2 terrenos que geram incolor e um Arcbound Ravager, eu faço Viscera Seer e uma Birds of Paradise. Ele compra, baixa uma Mox Opal e faz um Whipflare. Sacrifico minhas criaturas e vejo um Kataki, War's Wage no topo. Esse Kataki faz ele perder o Arcbound Ravager e uma land, mas toma um Galvanic Blast na volta
 
 
O jogo se arrasta mais alguns turnos por ele não ter um clock, e o Duskwatch Recruiter da minha mão inicial começa a me dar uma vantagem. Passo pra ele com 4 terrenos e dusk na mesa e com Vizier of Remedies, Chord of Calling e Walking Ballista na mão. Precisando apenas fazer um chord para elfo, no passe, e vencer.

Ele faz um Ghirapur AEther Grid com 4 artefatos de pé e bate com o Master of Etherium, para letal, me obrigando a bloquear com o dusk. Eu decido usar o Chord of Calling para 2 de qualquer maneira (torcendo pra ele esquecer que poderia virar um Cranial Plating, que estava no master) porém, ele não esqueceu e foi impossível de vencer por cima do Ghirapur.
 
O Pro Tour não vai ser dessa vez.
 
Porém bola pra frente que daqui a pouco temos mais um RPTQ!

Pros do deck:
 
- Acho que o deck é muito forte no meta atual, ele comba eficientemente, e tem um toolbox muito forte no sideboard, que é facilmente acessado por suas spells.
- O deck com certeza foi muito divertido! Me diverti muito mais do que se estivesse contando storm counts. Como eu estou trabalhando muito e de mudança de cidade nos últimos tempos não consegui treinar tanto quanto gostaria, e apesar disso o deck me carregou
 
Contras do deck:
 
- Ele tem mãos muito fracas. O que causa a quantidade grande de mulligans, porém, ele mulliga bem, então sem medo!
- As listas costumam usar 2 gavony township, porém eu decidi mudar uma delas para uma horizon canopy por ter certeza que ia abrir mãos só com a gavony e precisaria mulligar. Mesmo com uma a menos, abri mãos só com ela de land na mão incial. Ódio define.
 
Prós do Formato:

Muito diverso, apesar de ver 3 valakuts seguidos
 
Contras do formato:
 
Muito diverso, como raios vou fazer um side para tudo isso?
 
Melhores partes do dia:
 
- Café da manhã na padaria da esquina, café manhã completo que sustentou o dia todo.
- Vencer uma partida castando um Aven Mindcensor!
- Garantir vaga para o próximo RPTQ
- Vencer o Caparroz num torneio sancionado.
 
Bem era isso que eu tinha pra hoje galera! Um grande abraço e até a próxima!
 
Comentários
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- 21/11/2017 09:08:32
Acima de tudo, magic é um jogo de azar, não adianta ser o melhor jogador do mundo se o seu oponente compra a melhor carta e ganha você. Habilidade conta demais no magic, mas até certo limite. Jon Finkel em uma entrevista falou que a diferença entre um profissional e um jogador iniciante, é que o jogador profissional erra o menos possível, evitando que o fator "sorte" seja mais eficaz, mas ainda assim, ele disse que mesmo tomando as decisões certas, você pode acabar perdendo o jogo, e as vezes, tomando decisões erradas, você pode ganhar o jogo. Então, pra mim, cara falando que sorte não tem nada a ver com magic, no mínimo, não tem a menor noção do jogo.
(Quote)
- 20/11/2017 19:29:18
Parabens pelo resultado Gabriel!

E parabéns pelas idéias, user HHHH aí de baixo, li desde o início e por mais que pense na maior parte das vezes como o Gabriel e o Bradock, abrindo a mente e analisando com calma(sem ser de cabeça quente após um mal pareamento) eu realmente concordo com seu argumento... A habilidade está envolvida sim, claro, mas a sorte também está, desde os pareamentos em que reclamamos sempre, até os draws e mãos iniciais que até num match 50/50 pode nos complicar e cabe a cada um modificar seus decks para diminuir tudo isso e modificar o sideboard para evitar reclamar de só enfrentar certo deck(melhore o side contra ele então) e se tiver tanto deck 20/80 mesmo sideando para a maioria deles, é melhor escolher outro deck...
(Quote)
- 19/11/2017 13:02:28

kkkkkkk ta certo...

(Quote)
- 19/11/2017 12:57:22

Dagostini, campeonato é lugar de destruição total e absoluta que resultará em apenas um sobrevivente: o campeão. Não existe colher de chá, nem café com leite, nem dois autos. Não é treino nem for fun, é sobre ser capaz de superar a tudo e a todos independente do que vier em seu caminho. Alguém entre os competidores fará isso é será declarado o campeão. O resto perdeu e vai ter outra chance na próxima.

(Quote)
- 19/11/2017 12:08:42

Todo deck tem pontos fracos. Mas me parece bem frustrante vc treinar bonitinho e adorar seu deck Tron que vc levou anos pra fechar e no torneio pegar só deck aggro t3... Ou jogar de control e só pegar Tron nas partidas...

Acho que se todos jogarem partidas 50/50, fico tudo muito maia diertido pra td mundo, ngm sai perdendo nisso.

Mas, claro, sem tirar a grande carateristica do Modern, a variedade, que levou anos pra ficar assim.

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