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As Máscaras de Mercádia - Parte XI
A Descoberta de Squee.
09/10/2017 10:00 - 2.128 visualizações - 1 comentário
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As Máscaras de Mercádia - Parte XI

 

A Descoberta de Squee

 

 


Dois guardas refrescavam suas gargantas com um odre de vinho na Torre do Magistrado. O calor fez com que eles se esquecessem dos deveres - coisa comum em Mercádia - e se entregasse ao vinho. Mal perceberam a figura baixa e verde vindo na direção deles. Quando o pequeno grumete se aproximou, fizeram a saudação rotineira, porém, Squee não parecia retribuir. Um dos guardas abriu a porta pedindo para que o lorde Kyren atravessasse.

 

Enquanto isso, Squee estava empenhado em seguir a trilha de um inseto, mas não qualquer inseto. Esse era enorme, com quase  três polegadas. O goblin, apesar de não possuir uma boa visão, tinha um ótimo olfato, e o seguiu com seu nariz no chão, dirigindo seus passos até uma passagem curta, através de outra porta ao longo do corredor. Ele seguiu o inseto tendo o cuidado para que seus passos não fossem ouvidos. Continou seu percurso virando à esquerda na passagem, curioso para ver  o que poderia estar além. Atravessou um corredor até um lance de escadas que desciam em uma grande curva de varredura. Em três voltas suaves, alcançou uma grande porta com um dintel decorado em aço. Squee abriu a porta e se viu em uma enorme câmara, vazia exceto por uma singular plataforma em uma extremidade.


Se fosse outra pessoa ali dentro, imediatamente teria percebido que aquele local se parecia com a sala de um templo, um altar a um deus desconhecido. Para Squee, o local apenas parecia uma sala convidativa. Ele apertou e empurrou as estranhas cavidades no altar. Uma delas, feita em pedra colorida, parecia com uma criatura em forma de serpente e uma cabeça cheia de chifres. Esboçado em gemas reluzentes, os chifres chamaram a atenção dele. Sem pensar - como de costume - ele tocou nas pedras e se surpreendeu ao sentir as pedras sob seus pés se mexerem.
 

O altar se mexeu e voltou lentamente para revelar uma ampla escada que mergulhava em profundidades desconhecidos. Na cabeça do goblin, ele pensava que lugares escuros e profundos eram bons para abrigarem insetos e vermes, um saboroso almoço ao meio-dia. Squee rapidamente desceu as íngremes escadas o que pareceu levar eras. Vozes ecoaram até Squee em torno de uma curva. Em um instinto de autopreservação, ele parou e ficou em um lugar, imóvel, tentando ouvir alguma coisa.

 

        "... duas semanas no máximo? Nada mal, mas não é possível que o cronograma seja mexido para permitir que a data de conclusão seja em uma semana? Isso não é apenas possível, mas desejável? Não tentarei terminar por essa data? Os trabalhadores não precisam de algum extra... incentivo?"(Máscaras de Mercadia, p. 250)

 

Após esse último comentário, houve uma risada medonha. Duas figuras escuras surgiram da cavidade onde Squee estava escondido e tremendo por razões que nem ele entendia. As vozes começaram a minguar a distância.

 

        "Alguém sabe o que aconteceu aos prisioneiros? O mestre não os enviou para coletar os cristais? Não são eles peões estúpido?" Máscaras de Mercadia, p. 250)

 

O silêncio cobriu as escadas mais uma vez. Lentamente, Squee se esticou da fenda na parede. Ele não estava certo da importância do que havia escutado, mas tentaria se lembrar para contar a Hanna depois. Na verdade, ele estava tentando partir imediatamente e contar a ela agora mesmo. Na melhor das hipóteses, Squee era um covarde. Ele permaneceu na tripulação do Bons Ventos somente porque se divertia com Sisay e Gerrard. Mesmo assim, o goblin possuía virtudes que nem eles suspeitavam. Os eventos em Rath o influenciaram profundamente, e depois da repreensão de Gerrard, ele se orgulhava de sua lealdade ao Bons Ventos e a Dominaria. Embora o medo o empurrasse de volta pelas escadas, o dever o puxava para frente. O dever venceu.


Squee andou em direção a esquina e em poucos instantes, ele estava em outra entrada - essa era maior do que a anterior - ele passou por ela, se moveu para o lado e ofegou com admiração. Ele estava do lado de uma vasta caverna subterrânea com milhas e milhas de profundidade. Enormes colunas de pedra desciam entre os espaços, ligando o teto ao solo. Em algumas, as colunas foram esculpidas e tinham janelas iluminadas. Andaimes se estendia pelas coluna e chifres se projetavam delas. Passarelas se agarravam as estalactites e estalagmites. Plataformas aéreas e cumes se esticavam através do amplo e escuro lugar.

 

 

Ele fazia a mínima ideia de que lugar era aquele. Era como se ele estivesse olhando através de uma mata noturna e vendo complexas teias juntando espinho a espinho. Globos iluminavam com suas luzes douradas. Humanos, Kyren, máquinas, e... outras coisas trotavam pelas passarelas. Alguns carregavam suplementos, outros ferramentas. Mais subiram pela coisa que parecia uma grande teia que prendia moscas. Mas elas não eram moscas! 

 

Eram navio - navios aéreos, e a maioria deles era maior do que o Bons Ventos. Embarcações se penduravam pelos chifres que se sobressaiam.
Squee descobrira um gigantesco hangar com cais e aeronaves amarradas. Longos e lustrosos, com asas de pele e carapaças de conchas. As embarcações lembraram Squee de alguma coisa... seu pequeno cérebro quase quebrou tentando se lembrar do que. Então ele se lembrou...
 

Os navios pareciam com aquele que ele vira em Rath: Predador. E alguns deles eram ainda maior do que o Predador. Para ele, o Bons Ventos era o maior navio que ele jamais vira, até que ele viu o Predador em Rath. Agora, no meio dessas embarcações enormes, o Bons Ventos parecia um grão de areia em uma praia interminável. Havia navios com dois ou três mastros, navios cujo castelo de proa eram maior do que todo o convés do Bons Ventos. Alguns pareciam se mexer mesmo enquanto estavam parados. Todos eram em tons de marrom e preto. Os navios maiores estavam ancorados, linha após linha, flutando no ar.
 

Canhões saltavam acima e abaixo nos decks dos navios mais pertos de Squee. Curioso, ele deixou a parede e trotou em direção ao corrimão. Porém ele nem pensou na possibilidade de ser visto e ao avistar dois trabalhadores, ele congelou de medo, mas eles apenas passaram por ele e o saudaram.
Era bom ser um goblin em Mercádia.
 

Ele continuou sua caminhada e passou por dois seres metálicos que pareciam achatados, esféricos e com diversas pernas saindo deles. Óleo saltava através de tubos conectados ao corpo deles. Seus olhos saltados se viraram para o goblin que se aproximava. Assustado, Squee gritou ao perceber as aranhas metálicas se aproximaram para inspecioná-lo. Mas para a felicidade dele, nada aconteceu. Apenas recebeu uma picada de uma delas e ambas voltaram ao seus afazeres. 
 

Feliz por não ter sido devorado, ele continuou até alcançar o corrimão. Lentamente, um navio se ergueu no ar com o convés repleto de trabalhadores - Kyren, humanos e outros. A embarcação passou por cima e se moveu através de um arco enorme na extremidade da caverna e desapareceu da vista de Squee. Ele decidiu seguir aquele barco, caminhou rapidamente, deu a volta no arco, correu por uma enorme passagem e em seguida, emergiu através de uma segunda entrada para outra câmara, igualmente grande. E para sua surpresa, ele se deparou com uma quantidade menor de embarcações, porém, o tamanho da frota inteira era além da imaginação dele.
 

Aturdido, ele caminhava pelos corredores, olhando, acariciando, tocando e cutucando tudo o que podia. Havia menos trabalhadores aqui e os que estavam por aqui carregavam caixas com suplementos. Enquanto caminhavam ele finalmente se deparou com algo inusitado: o Bons Ventos, descansando em seu trem de pouso. O navio parecia muito pequeno e delicado perto da monstruosidade ao lado dele.
 

Exultante, Squee imediatamente pensou em contar Hanna, mas um barulho em seu estômago o lembrou que ele não havia comido direito. Lembrou-se daquele enorme inseto que o atraíra para lá e decidiu contar a Hanna depois de comer alguma coisa - afinal, ele era um goblin.
 

Com a mente repleta de pensamento de comida e insetos, Squee não percebeu para onde estava indo até que... trombou em alguém. Ele caiu sentado e já estava prestes a reclamar até perceber quem estava à sua frente. Um par de Kyren o encarava. Para os outros, goblins podiam parecer tudo a mesma coisa, mas entre eles a distinção era tão clara quanto cabras e galinhas. Squee reconheceu o Kyren a sua frente. Era o conselheiro do magistrado,  aquele que insistira que ele devia ser nomeado como guarda de Mercádia. Agora, ele olhava para Squee com espanto e desaprovamento.
 

Sendo um grumete do Bons Ventos, ele já reconhecia aquele tipo de olhar. Coisa boa não estava por vir. Ele se levantou, dirigiu-se para um lado e mergulhou pelo chão da caverna em um movimento que acabou num salto. Se despedindo, ele correu para a passagem ouvindo, atrás dele, gritos e o som de batidas de pés achatados contra a rocha. A medida que os gritos ficavam mais distantes, Squee deu uma gargalhada de  triunfo.
 

Mas o triunfo não durou muito.
 

Alguma coisa bateu contra seu peito. Ele caiu para trás, batendo a cabeça contra o chão de pedra. Uma escuridão o envolveu, e ele viu, vagamente, a forma de um trabalhador Phyrexiano - enorme, feio e com olhar da morte.
 

Phyrexianos aqui!
 

Antes que ele pudesse berrar outra vez, a clava do monstro o golpeou novamente. Squee caiu pelo chão e ficou lá deitado, sentindo o longo braço da escuridão o envolvendo-o.

 

Ouramos

 

Driades!
 

Sisay estava sem fôlego, encarando as figuras perante ela.
 

As dríades eram lindas, com membros atenuados, rostos longos, pele escarpada lisa e dura como uma casca de libélula. Os olhos eram estreitos com uma sombra profunda e verde, embora parecia que as cores alternavam com a luz solar. Elas cantavam uma canção que acalmava a floresta revoltada. Tão rapidamente quanto a música começou, ela desapareceu.


Gerrard limpou sua garganta e tentou dar um passo a frente. Instantaneamente, o chão ficou macio, sugando suas botas. Ele estava atolado até o meio. O Benaliano ergueu a palma da mão, tentado realizar um gesto de paz e dizendo que viera em nome de Ramos.
 

Nada.
 

As criaturas não fizeram movimento ou pronunciaram som algum.
 

Então, Tahnagarth passou a mão sobre seus chifres e o movimento alarmou seus captores. Uma dríade começou a entoar uma única nota suave. O minotauro parecia sonolento e, com uma voz estava cheia de cansaço, caiu no chão quase esmagando Sisay.
Gerrad se abaixou rapidinho no chão e mandou que todos se sentassem. Ninguém entendeu a ordem. Sisay achou que ele também estava sendo encantando pelas dríades, mas aquilo era uma estratégia vindo de Yavimaya.
 

Há muito tempo, ele escutara Multani falando a Rofellos que entre o povo da floresta, sentar era um sinal de intenções pacíficas.  Enquanto eles ficassem de pé, as dríades achariam que seriam atacadas. Houve um momento de silêncio, então a dríade que entoou a nota deu alguns passos em direção a Gerrard. Os olhos estavam semicerrados e dos seus lábios vieram mais algumas notas. Curvando a cabeça em submissão, a dríade chefe se dirigiu ao Benaliano e, lentamente, estendeu seus dedos a ele. A mão dele veio em resposta.
 

Alguma coisa passara por entre seus dedos. Pequenas energias saltavam.  Os outros puderam ver as pequenas faíscas reluzentes no ar. Aura rodeavam Gerrard. Ele sentiu o poder através da sua mente e, repentinamente,  soube que aquele era o modo como a floresta pensava - redes infinitamente intrincadas de ramos e videiras, raízes emaranhadas e surtos de energia. Cada planta e árvore era um ser individual.

 

 

De repente, ele compreendia. Ele compreendia aquele lugar, aquelas pessoas, os guardiões de madeira, o Bons Ventos e a Matriz de Energia, Cho-Arrim, Saprazzianos, Rishadans, e sobre a iminente rebelião. Ele se ergueu e suas botas estavam livres.


Se voltando para sua tripulação, ele disse que, de fato, estavam em Ouramos e que aquele lugar fora moldado com a chegada de Ramos aquele mundo. E, como se fosse algum orador, as palavras fluíram de Gerrard em um fluxo forte e constante. 
 

Finalmente saberemos a verdadeira história sobre Ramos e sua vinda a Mercádia.

 

"Há muito, muito tempo atrás, no rastro da Guerra dos Irmãos, Ramos fugiu de Dominaria. Ele esteve no campo de batalha de Argoth quando Urza liberou a explosão do sylex. Ramos fugiu antes. Pura energia o perseguiu. Ela nivelou montanhas e drenou continentes. Levantou oceanos em ondas de morte. Ramos subiu a frente delas. Sob as águas, ele viu os tritões fugindo em terror. Esticando uma mão gigantesca na água, Ramos    trouxe os tritões com ele. Ele continuou voando, à frente da mão da morte. Em seguida, Ramos encontrou uma grande galé repleta de refugiados. Por misericórdia, ele os alcançou com sua outra mão e ergueu o navio das ondas. Ele os trouxe para que também fossem salvos. Ramos continou voando, à frente da explosão incinerante.
 

"Talvez, Ramos procurara muitos para salvar. Então o peso da grande galé e dos refugiados dentro fez com que Ramos - o grande Ramos - ficasse lento. Ele não podia ultrapassar a onda que se arrebentava. Ela o acertou e o navio que ele carregava. Energias caóticas e vórtices mágicos o envolveram. A loucura sugou a razão. A falsidade dominou a verdade.  Na maligna ironia de destruição, a onda arremessou Ramos e o navio além de Dominaria até seu antigo mundo - para Phyrexia.
 

"Sim, o grande Ramos era um Phyrexiano. Ele fora trazido de Phyrexia por ninguém menos que Urza Planinauta. Uma vez criado para caçar e destruir humanos, Ramos fora alterado por Urza para salvá-los. Ele fora reprogramado para lutar contra os malignos leviatãs de Mishra e afastar os feridos das batalhas. Quando o sylex explodiu a ilha de Argoth, Ramos somente seguiu a programação de Urza e se tornou um salvador. Ramos voara a frente da explosão, procurando alguém para salvar. Ele erguera os tritões e os refugiados na grande galé esperando salvá-los - mas isto não era salvação. Levá-los a Phyrexia não era salvação. Naquele lugar horrível, o povo seria mutilado e transformado em monstros. Ramos conhecia outra mundo além de Phyrexia, um bom lugar vinculado aquele lugar imundo. Reunindo o que sobrou de suas energias - pois a explosão que o trouxe a Phyrexia quase o destruiu - Ramos voou através de um portal quase esquecido que levaria de Phyrexia até Mercádia.
 

"Foi verdadeiramente a última medida do seu poder salvador. Por um portal nos céus, Ramos emergiu, carregando em uma mão um cardume de tritões e na outra a grande galé. Tods eles estavam cobertos por fogo. O povo que Ramos tentou salvar estavam sendo queimados vivos. Vendo sua angústia, o coração de Ramos se quebrou. Ele se quebrou do seu núcleo e caiu no mar. Lá, ele esperou nas profundezas, o grande artefato chamado de Matriz de Energia. Coração oco, Ramos abaixou a mão que segurava os tritões. Ele os soltou gentilmente dentro do oceano. A água sibilou com o vapor, extinguindo o fogo que queimava o povo. À medida que o navio flamejante se aproximava da costa, Ramos alcançou o convés, onde a tripulação labutava entre linhas ardentes e o mastro. Ele os agarrou e os arremessou na praia de Rishada. A areia extinguiu o fogo que queimava o povo. À medida que o navio voava sobre o Monte de Mercádia, Ramos alcançou aqueles que eram refugiados de Argoth. Ele os arremessou e os espalhou através das florestas de Rushwood. As folhas extinguiram o fogo que queimava o povo. Na outra vez que sua mão alcançou dentro do navio, havia nada a não ser corpos a serem encontrados. Com pena, Ramos os ergueu e os polvilhou sobre o charco de Deepwood.
 

"Somente Ramos e o próprio navio sobraram. Juntos, eles queimaram como sóis gêmeos. Abaixo deles, as florestas e as cidades reluziam. Construções se espatifaram, pedras viraram cinzas, e povos em centenas de milhares morreram. Centenas de milhares morreram porque Ramos tentou salvar centenas. Essa foi a última e cruel ironia que despedaçou o núcleo de Ramos. A imortal alma cristalina, que tinha resistido ao calor incendiário, não pôde suportar a morte de centenas de milhares. Sua vontade se fragmentou. O navio flamejante caiu de suas mãos. Ele acertou o chão bem atrás de nós, 

abrindo esta vasta cratera aqui. 
 

"O fogo entrou em erupção e as chamas se espalharam pela floresta. Ramos caiu nesse bojo flamejante - seu próprio sylex mortal. Ele não se ergueu. Ele não tinha mais vontade de fazê-lo. O fogo é a predição das coisas mortais, mas não de coisas imortais. Ramos não fora morto, apesar de cada ser vivo ao redor dele se tornou fuligem preta. Com o tempo, as chamas morreram. Ramos fora deixado sozinho entre as cinzas. Fragmentos do núcleo despedaçado do seu ser se chacoalharam dentro dele. Cinco grande peças saíram dele, e na sua ausência, ele não podia reunir a vontade de se mover. Se o fogo é a perdição das coisas mortais, o tempo é seu aliado. A vida sempre retorna. A grama cobriu a terra rompida. Mudas empurraram as cinzas. O preto deu lugar ao verde. Com o surgimento da vida, Ramos se ergueu também.  Ele colocou um altar de pedra no centro da cratera, e sobre aquela pedra, ele colocou os cinco cristais que se romperam do núcleo do seu ser. Ele fez essas pedras como um símbolo pelas centenas de milhares. Ele fez Ouramos, um templo, sagrado a memória deles.
 

"A medida que a floresta trazia de volta a vontade e a vida a Ramos, ele trouxe vontade e vida a eles. Ele animou as árvores com seu espírito. Ele reuniu as dríades dentre eles e os fez seu povo. Ele ergueu até o povo morto em Deepwood e os fez guardiões do seu reino. Ele desejava curar todo o mundo destruído, fazê-lo inteiro outra vez, mas tais feitos estavam além do imortal arruinado. Sua vontade, seu verdadeiro poder, jazem em fragmentos no altar de pedra." (Máscaras de Mercádia, pp. 258-261)

 

Gerrard piscou como se saísse de um transe. Ele aprendera tudo aquilo com apenas um toque da dríade chefe. Seus companheiros olhavam para ele estarrecidos. Agora ele sabia tudo sobre Ramos e elas também sabiam sobre a missão deles. Sisay disse que conhecia uma versão diferente do mito de Ramos e, para surpresa de todos, Gerrard disse que não era um mito. Com os olhos iluminados, ele gesticulou em direção a cratera e disse que deviam ir porque foram convidados por ele.


Sentindo um frio na espinha, Sisay perguntou se fora a dríade chefe. Mas não havia sido dríade alguma que os convidara, e sim o próprio Ramos.


Era hora de eles conhecerem o deus de Mercádia.

 

 

 

Leandro Dantes ( Arconte)
Leandro conheceu o Magic em 1998 e, desde então, se apaixonou pelo Lore do jogo. Após retornar a jogar em 2008, se interessou por lendas, o que resultou por despertar a paixão pela escrita. Sempre foi mais colecionador do que jogador e sua graduação em Pedagogia pela Ufscar cooperou para que ele aprimorasse e desenvolvesse um estilo próprio. Autor de alguns contos, todos relacionados ao Magic, já traduziu o livro de Invasão e criou sua própria saga com seu personagem, conhecido como Arconte.
Redes Sociais: Facebook
Comentários
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(Quote)
- 09/10/2017 16:59:28
AAAAAEEEEEEE!!!! Mas um episodio dessa lore incrível!!!
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