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Pré-spoilers: Amonkhet
Por dentro desse novo Plano.
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27/03/2017 10:00 - 9.327 visualizações - 22 comentários
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Saudações, Planeswalkers!

 

Temporada de spoilers à vista – Amonkhet está chegando! Tempo de abrir o site da Ligamagic 500 vezes por dia para conferir e discutir as novidades! Esta é sempre uma época especial, então, decidi preparar um texto que contribua com a apreciação deste momento. Para isso, farei uma breve apresentação dos principais elementos da história e mitologia do Egito Antigo – tema no qual a nova coleção foi baseada.
 

Importante frisar que este texto foi concluído no dia 24 de março, última sexta-feira, às 19:15. Embora os spoilers oficiais comecem apenas na próxima segunda-feira, dia 3 de abril, é notório que a própria Wizards pode publicar algo sobre a coleção, assim como novos vazamentos podem acontecer.

 

Os desafios

 

O conceito do plano de Amonkhet foi baseado no Egito Antigo, civilização que se formou na região do Norte da África, no período de 3.150 a 31 a. C. Grande parte do design, portanto, foi desenvolvido a partir da história, cultura e mitologia egípcia.


A meu ver, Amonkhet nasce com dois desafios, dentro da estrutura existente do Magic:
 

1) tivemos há pouco tempo outra coleção baseada em uma histórica civilização humana: trata-se de Theros, que retrata elementos da 

Grécia Antiga; e

 

2) devido principalmente ao conceito de vida após a morte, podemos esperar por mecânicas que se utilizem do cemitério – tema principal do bloco Sombras sobre Innistrad.
 

Para que possa ser lembrado por si mesmo, o plano de Amonkhet terá que criar novas formas de abordar os elementos relacionados – o que significa que o tema de encantamentos (com mecânicas como Devoção e Agraciar) deve estar ausente, e que provavelmente veremos uma nova relação mecânica com o cemitério.

 

Egito Antigo

 

Ao iniciar minha pesquisa, procurei listar quais elementos do Egito Antigo são mais lembrados. Cheguei aos seguintes itens:

 

- Hieróglifos;
- Rio Nilo;
- Deserto;
- Faraós;
- Deuses antropozoomórficos (forma simultaneamente humana e animal);
- Vida após a morte;
- Múmias;
- Sarcófagos;
- Pirâmides;
- Pragas.

 

Além destes elementos, basearei minha pesquisa nas informações que temos sobre o próprio plano de Amonkhet, bem como das histórias de Magic anteriores. Segue abaixo os links dos quais estes dados foram extraídos:
 

http://magic.wizards.com/pt-br/content/amonkhet
http://magic.wizards.com/en/articles/archive/news/modern-masters-2017-edition-and-amonkhet-packaging-2017-02-20
https://www.ligamagic.com.br/?view=forum/mensagem&id=139280

 

Informações importantes sobre Amonkhet:

 

- Plano criado e governado pelo dragão planeswalker Nicol Bolas;
- Plano onde vive Razaketh, um dos demônios com os quais Liliana Vess fez pacto, a fim de conseguir manter sua juventude e poder;
- Segundo a wikipedia da Salvation, o povo de Amonkhet prepara-se para o retorno do “grande Deus-Faraó” – que seria o próprio Nicol Bolas;
- Após ser derrotado por Liliana em Kaladesh, Tezzeret rumou para Amonkhet, onde possivelmente alertará Nicol Bolas sobre a existência das Sentinelas.

 

--

 

Vamos agora ver um pouco sobre cada um dos elementos destacados.

 

Hieróglifos

 


Convencionalmente, considera-se o início da história humana a partir do advento da escrita. Há, certamente, indícios mais antigos, como os desenhos rupestres feitos nas cavernas, utensílios feitos pelos humanos e sítios arqueológicos que datam de períodos anteriores à escrita. Somente através de documentos escritos, porém, é que se pode descobrir e deduzir diversos aspectos da vida de nossos antepassados, especialmente em termos de práticas, costumes e crenças.


O Egito é uma das mais antigas civilizações conhecidas, e nosso conhecimento sobre ela se deve principalmente aos hieróglifos (palavra que significa “escrita sagrada”, em grego). Esse tipo de escrita surgiu por volta de 3.200 a.C., sendo utilizada em documentos oficiais e monumentos. Havia uma versão simplificada, chamada hierática, que muitos anos depois (cerca de 700 a.C.), foi substituída pela escrita demótica.


O conhecimento de leitura dos hieróglifos perdeu-se nos primeiros séculos depois de Cristo. Uma das razões de seu desaparecimento era sua forma simbólica, que fez com que saltasse de cerca de 500 para 6.900 caracteres, através da história – o que tornava muito difícil a leitura e o ensino desta linguagem. A antiga escrita egípcia tornou-se um enigma, estudado por diversos eruditos europeus, com variados graus de sucesso. Estas pesquisas culminaram na descoberta definitiva da leitura e significado dos hieróglifos, no ano de 1822. Um lingüista francês, Jean-François Champollion, conseguiu esta proeza através do estudo da Pedra de Rosetta – um artefato (desculpem, não deu para resistir) que continha um decreto do rei Ptolomeu V, datado do ano 196 a.C. O decreto está escrito em três formas diferentes: egípcio antigo, demótico e grego antigo. Até hoje, a Pedra de Rosetta é uma das atrações mais visitadas do Museu Britânico, em Londres – onde está desde 1802.

 

A Pedra de Rosetta, atualmente no Museu Britânico, em Londres

 

O Rio Nilo e o Deserto

 

“O Egito é a dádiva do Nilo” – Heródoto, historiador grego.

 

Rio Nilo e deserto – dois elementos que são comumente associados ao Egito. O que não deixa de ser curioso: embora o deserto seja predominante na região nordeste da África, sobretudo onde a civilização egípcia floresceu, ele não era propriamente o “lugar” onde os egípcios viviam. As regiões desérticas eram exploradas para extração de minérios, além de abrigar as pirâmides e demais construções funerárias. Elas são o cenário hostil que legitima a citação do historiador grego Heródoto.


Encontrei uma foto da região feita por satélite que demonstra claramente o que possibilitou a existência de uma civilização numa região tão inóspita:

 


O contraste entre o deserto e a área verde, que acompanha com precisão o curso do Rio Nilo, até chegar ao seu delta (por favor, acalmem-se, senhoras e senhores...), é mais do que claro. Foi esta condição especial que favoreceu não apenas aos egípcios, mas diversas outras comunidades humanas que habitaram a região, praticando a agricultura e estabelecendo-se às margens do Rio Nilo.
Este contraste foi utilizado pelos egípcios num dos nomes mais comuns para se referir ao lugar onde viviam. Kemet (“terra negra” ou “terra fértil”) era este nome – pois, após as cheias do Rio Nilo, suas margens ficavam fertilizadas com sedimentos que vinham com as águas e eram depositados no solo, escurecendo-o. As áreas desérticas ao redor eram chamadas Decheret (“terra vermelha”).

 

Faraós

 

 

As comunidades agrícolas que se formaram ao longo do Rio Nilo se organizaram em comunidades parentais, denominadas gens. Conforme esses grupos se juntavam, criaram-se as unidades políticas, os chamados nomos. Cada uma possuía seu próprio soberano e regras. Com o passar do tempo, os nomos também juntaram-se, e dois reinos emergiram: o Baixo Egito, que ocupava a região do delta do Rio Nilo, mais ao norte, e cujo rei usava a coroa vermelha; e o Alto Egito, que ocupava a área ao sul do Baixo Egito, indo até a primeira catarata do Rio Nilo, governado pelo soberano que utilizava a coroa branca.


Foi por volta de 3150 a.C., com a unificação destes dois reinos por Narmer, também conhecido como Menés (há controvérsias se trata-se da mesma pessoa), que surgiu a figura do Faraó – governante do Baixo e do Alto Egito, que usava a coroa com as cores de ambos os reinos. Seu grande legado foi a construção de uma nova capital, a cidade de Mênfis, localizada entre os dois reinos (pouco antes do delta do Rio Nilo). Ao longo da história, a cidade de Mênfis mudou de nome, sendo hoje a cidade do Cairo, capital do Egito.
A história do Egito praticamente se confunde com a dos faraós e suas diversas dinastias. Assim como a unificação feita por Menés é o marco inicial da história do Antigo Egito, seu ponto final é a derrota da rainha Cleópatra VII para o general romano Otávio Augusto, na batalha de Ácio, em 30 a.C. O último faraó foi o filho de Cleópatra, Ptolomeu XV.


O faraó era um governante absoluto e possuía caráter divino, sendo um intermediário entre os homens e os deuses. Era sua responsabilidade cuidar do bem-estar de seus súditos. Para isso, contava com o auxílio da realeza, dos sacerdotes e dos escribas, para manter a organização da sociedade e garantir que a sociedade egípcia pudesse (literalmente) colher os frutos trazidos pelo Rio Nilo.

 

Deuses

 

Politeístas, os egípcios possuíam um panteão muito vasto. Havia divindades antropomórficas (forma humana), como os próprios faraós, que foram considerados deuses, em determinados períodos; divindades zoomórficas (forma animal), muitas vezes exemplares de animais que eram adorados e que eram mumificados, após sua morte. Por fim, havia os deuses antropomórficos (forma humana e animal), mais comumente representados como humanos com cabeça de um determinado animal.


No material oficial da Wizards sobre Amonkhet, fala-se das provas dos cinco deuses, e foram divulgadas imagens de grandes seres antropozoomórficos. Acredito que eles serão monocolores – há discussões colocando a possibilidade de que sejam tricolores (seriam combinações das shards – cores aliadas). Abaixo de cada um, colocarei a provável cor, bem como a provável divindade egípcia correspondente.

 

    
Cor: Branco
Possível divindade associada: Bastet


Bastet é uma divindade solar e protetora das mulheres e do lar. Alguns estudiosos defendem que ela é uma versão posterior da deusa da justiç,a Sekhmet, que tinha cabeça de leão e era filha do deus Rá. Recebendo ordens de seu pai para castigar a humanidade devido à sua desobediência, Sekhmet é possuída por uma fúria homicida, matando mais e mais com o objetivo de expurgar o mal do mundo. Para ser contida, seu pai a embebedou – algumas versões falam em vinho, outras em cerveja. Amansada, ela teria então se tornado Bastet.
 

    
Cor: Azul
Possível divindade associada: Toth


Toth é o deus egípcio da sabedoria, escrita, aprendizagem, magia e medição do tempo (mais Azul, impossível). Sua cabeça é da cultuada ave íbis – também há versões deste deus com cabeça de babuíno. É também a divindade lunar. É uma espécie de secretário dos deuses, auxiliando em diversas tarefas – desde a criação do mundo e da vida, até ações militares e o julgamento dos mortos.
 

    
Cor: Preto
Possível divindade associada: Sobek


O deus crocodilo Sobek não era adorado em todas as regiões do Egito. Muito freqüentes ao longo do curso do Rio Nilo, os crocodilos recebiam tratamentos diversos dos egípcios – uns caçavam-nos e se alimentavam com sua carne, enquanto outros chegavam a tentar criá-los! Embora seja um deus associado ao Rio Nilo, ele também é um deus da morte e associado aos enterros.
 

    
Cor: Vermelho
Possível divindade associada: Anúbis


Essa associação é a mais difícil de estabelecer, tematicamente: Anúbis é o deus da mumificação, responsável por julgar os humanos após a morte e determinar o destino de suas almas. Este papel de guardião da passagem entre a vida e a morte pode ser brevemente vislumbrado na imagem do banner principal. Representado como um homem com cabeça de chacal (um animal parente dos cachorros e dos lobos), Anúbis também era o fiel guardião dos túmulos e dos deuses – pode ser que essa fidelidade torne-se o ponto de partida para sua representação dentro da mana vermelha.
 

   
Cor: Verde
Possível divindade associada: Meretseger


Há, na verdade, uma série de divindades egípcias ligadas às serpentes, desde Renenutet, que seria uma deusa da colheita, até a serpente Apófis, que diariamente tentava impedir o deus Rá de cumprir o trajeto do sol. Meretseger é uma deusa protetora das tumbas. É dito que exigia ser tratada com respeito e atacava aqueles que ousassem profanar os túmulos; no entanto, sabia também ser misericordiosa com aqueles que se arrependiam.


--
Além destas, há outras divindades da mitologia egípcia que são mais conhecidas – é o caso de Amon e Rá (às vezes, fundidos como Amon-Rá), Osíris, Ísis e Seth. Para aqueles que quiserem, os links de pesquisa no final do texto contém diversas histórias sobre estes e outros deuses do Egito.

 

Vida após a morte

 

A ideia de vida após a morte era das mais importantes para os egípcios. A partir dela, os egípcios desenvolveram a mumificação, para conservação do corpo físico dos mortos. Estes eram enterrados juntamente com alimentos e pertences pessoais – no caso dos faraós, os familiares e servos eram sepultados em locais próximos, para que pudessem continuar a auxiliar o faraó em seu retorno.


Acreditava-se que todo ser humano era formado por quatro elementos: o ba (poderoso), semelhante à nossa idéia de alma; o ka (duplo), que seria uma réplica imaterial do corpo; o khu, definido como “centelha (isso mesmo!) do fogo divino”; e o kat, que era o corpo físico. Para garantir a vida após a morte, o corpo deveria ser preservado, permitindo que o ka voltasse a morar dentro dele. Chegavam a construir estátuas replicando o corpo do morto, que o ka passaria a habitar, caso o corpo original fosse destruído.
 

Uma série de orações, hinos e ilustrações eram gravadas nos túmulos, conhecidos como “Textos das Pirâmides”. Com o passar do tempo, passaram a ser escritas em papiro e deixadas juntamente das múmias dos faraós. Esta obra (que não eram sempre iguais – cada uma recebia algumas fórmulas conhecidas) é o que conhecemos como “O Livro dos Mortos” – chamado no Egito Antigo de “Capítulos dos Sair à Luz” ou “Fórmulas para voltar à Luz”. O objetivo era orientar o morto em sua jornada, livrando-o de armadilhas e direcionando corretamente suas ações para que ele conseguisse chegar ao paraíso.

 


Os egípcios foram o primeiro povo a associar o pós-morte com um julgamento, que decidiria o destino do morto, conforme suas ações em vida. No caso, o morto era conduzido à presença do deus Osíris. Ele deveria alegar inocência em relação a 42 tipos de pecado, negando-os – havia um juiz para cada pecado. Seu coração era pesado e comparado com a pena da deusa Maat, deusa da justiça. Se ele fosse mais leve, Osíris indicaria a ele o caminho do paraíso; do contrário, ele seria devorado por Ammut – um monstro com corpo misto de leão, hipopótamo e crocodilo.

 

Múmias e Sarcófagos

 


Múmia Ciclópica – único card de Magic com “múmia” no nome.

 

O processo de mumificação foi desenvolvido para a preservação do corpo – fundamental para a vida após a morte, como visto anteriormente. Embora a civilização egípcia não tenha sido a única a praticar tais procedimentos, suas múmias são as mais conhecidas – estima-se que foram feitas na escala dos milhões. Como dito anteriormente, inúmeros animais também foram mumificados.


Após a morte, o corpo do morto ficava sob a guarda de sacerdotes, que tentavam reanimá-lo com orações. Depois, o corpo era lavado e seus órgãos internos e cérebro extraídos – havia diferentes métodos para realizar esta retirada. O cérebro era descartado, enquanto os órgãos eram guardados dentro de vasos produzidos especialmente para este propósito, chamados de vasos canopos. Feito isto, o corpo era coberto por um tipo de sal chamado natrão, para retirar a umidade corporal e o cheiro. Por fim, o corpo era envolto em diversas tiras de linho, tratadas com líquidos destinados a evitar a decomposição.


As múmias eram depositadas em um ataúde de madeira (tipo de caixão), de tamanho personalizado. Com o passar do tempo, a tampa do ataúde era personalizada com a aparência do morto. Finalmente, o ataúde era depositado numa urna funerária (normalmente de pedra), o sarcófago.

 

Pirâmides

 


As Pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, localizadas na Necrópole de Gizé.

 

As pirâmides são um símbolo do Egito. O motivo de sua construção não é completamente claro, embora o indício mais forte é de que fossem uma construção destinada a guardar o corpo dos faraós. Existem também inúmeras hipóteses sobre as técnicas utilizadas para erguer estes impressionantes monumentos. E seu caráter simbólico fica claro, devido a cada pequeno detalhe – como o fato de que seus lados estão exatamente orientados para os pontos cardeais.
 

Os egípcios enterravam os faraós em construções funerárias denominadas “mastabas” – nas quais havia um altar cerimonial e uma área subterrânea, na qual era depositado o sarcófago do faraó. Até que o faraó Djoser (que governou de 2667 a 2648 a.C) pediu a seu vizir Imhotep que fosse construído um monumento com diversas mastabas sobrepostas. Este monumento tornou-se o embrião das pirâmides:

 


Foram encontradas mais de 80 pirâmides por todo o Egito. Elas eram construídas na margem oeste do Rio Nilo, por ser o lado no qual o sol se põe. Ao seu redor, eram feitas pirâmides menores, para que fossem enterrados familiares e servos do faraó. Também era feito ao menos um templo, que poderia receber procissões e oferendas em homenagem ao morto.

 

Pragas

 

O povo hebreu foi escravizado pelos egípcios, durante a Antiguidade. A Bíblia conta, no Livro do Êxodo, a história da libertação dos hebreus – passagem conhecida pela interferência direta do deus hebraico Yahweh, que enviou diversas pragas ao Egito, a fim de convencer o faraó a liberar seu povo – o que aconteceria após a décima praga. Esta passagem também foi um modo de Yahweh demonstrar que era o único deus, sendo que cada uma delas visava atingir uma ou mais divindades egípcias.


As 10 pragas foram:
 

1) Transformação das águas em sangue, que resultou na morte dos peixes;
2) Infestação de rãs, que não foram mortas pelos egípcios, pois eram considerados animais sagrados;
3) Infestação de piolhos, que assolaram os egípcios e seu gado;
4) Infestação de moscas, que invadiram as casas dos egípcios – os hebreus mantiveram-se a salvo;
5) Epidemia de peste que acometeu os rebanhos egípcios;
6) Feridas contraídas pelos egípcios e seus animais;
7) Chuva de granizo, que arruinou as plantações e matou humanos e animais;
8) Infestação de gafanhotos, que se encarregaram de acabar com qualquer plantação que houvesse sobrevivido à chuva de granizo;
9) Escuridão ininterrupta sobre o território egípcio, durante o período de três dias;
10) Morte de todos os primogênitos egípcios, humanos e animais.

 

--

Apresentados alguns dos principais elementos da história egípcia, vamos à nossa última parada.

 

Especulações!

 


Primeiro vazamento - spoiler de Amonkhet ainda não confirmado.

 

Ufa! Depois de tudo isso, vou dar alguns palpites pessoais:

 

- Gideon vai se submeter às provas dos cinco deuses de Amonkhet. Devido ao seu passado no plano de Theros e ao fato de sua cor ser o Branco (cor diretamente ligada à religião), acho que isso será um dos arcos principais da trama – talvez este seja um meio de chegar até Nicol Bolas;


- Liliana buscará a todo custo matar o demônio Razaketh, e é bem provável que consiga. Será que ela terá que manipular as Sentinelas para conseguir? Acho uma boa hipótese;
 

- Embora apareça nas imagens divulgadas, Nissa não deve vir como carta, pois já há duas versões dela válidas no Standard. Acredito que cumprirá um importante papel dando suporte à Liliana, que precisará usar o Véu. Pode ser uma maneira das duas construírem uma relação mais próxima;
 

- Os dois últimos blocos estabeleceram o número de seis planeswalkers. Temos confirmados: Gideon (Branco), Liliana (Preto) e Nicol Bolas (Azul, Preto e Vermelho). As únicas combinações bicolores sem planeswalkers no standard são preto/vermelho e preto/verde – acho que uma delas deve ser contemplada, e acredito mais em preto/verde, já que Bolas tem preto e vermelho;


- Há uma especulação de que Ashiok seria nativo de Amonkhet, baseada na imagem abaixo. Acho até plausível, mas não acredito que ele apareça na coleção, por ter cores parecidas com Nicol Bolas e já termos Tezzeret com as mesmas cores no Standard;

 

 

- Na história do Magic, não há criaturas do tipo múmia – os dois cards mostrados no texto anteriormente são zumbis. Sendo assim, pode ser que haja alguma mecânica relacionada à mumificação;


- Podemos ter alguma história local relacionada às pragas do Egito. O que me deixa uma pulga atrás da orelha para dar esse palpite é o nome da segunda coleção do bloco – Hora da Devastação. E também essa mecânica “Consequências” – será que alguém será imprudente a ponto de chamar pragas sobre Amonkhet?
 

--
O texto ficou imenso, e muito material ficou de fora. Deixo abaixo alguns dos principais links utilizados nessa pesquisa:
 

O Fascínio do Egito - http://www.fascinioegito.sh06.com/
 

Contém extenso material sobre a civilização egípcia – desde sua vida cotidiana até hipóteses sobre a construção das pirâmides.
 

Antigo Egito - http://antigoegito.org/


Site do pesquisador Lucas Ferreira, pós-graduado na área de história e apaixonado pelo Egito. Também contém vasto material – inclusive, uma seção sobre jogos de temática egípcia!
 

Egito Antigo - http://www.egitoantigo.net/
 

Site que aborda alguns dos principais aspectos da história do Egito Antigo.

 

Espero que vocês tenham gostado! Por favor, comentem se você acha que essa é uma iniciativa bacana para este período pré-spoilers e se ela acrescentou na sua compreensão e expectativa quanto à nova coleção. Finalmente, o mais importante: especulem sobre Amonkhet! Aguardo vocês nos comentários!

Até a próxima viagem!

( Nihil)
Comentários
Ops! Você precisa estar logado para postar comentários.
(Quote)
- 30/03/2017 11:07:12
Artigo Top, eu aprovo a ideia de mais artigos como este!

A lore do magic é extensa e muito rica, gosto de cada historia dos planos, e é muito bom para ir entrando no clima da nova historia.

Magic não é só cartas ou jogo, é literatura também! Que a iniciativa perpetue!
(Quote)
- 29/03/2017 09:35:05
Praticamente confirmado que os deuses são monocolor. Só observar as artes das Invocations.
Maelstrom Pulse (BG): Tem o crocodilo e a serpente castando a mágica juntos.
Vindicate (BW): Tem o gato e o crocodilo castando.

Ou seja, o que o Nathan especulou.

Gato: Branco
Ibis: Azul (saiu em artes de Invocations mono blue).
Crocodilo: Preto.
Serpente: Verde.

O que faz sobrar uma cor e um deus, logo...

Chacal: Vermelho.

Inclusive segue a ordem das cores nas ilustrações apresentadas.
(Quote)
- 28/03/2017 22:08:15

Também fiquei com o feeling de bicolores.

Mas assim:

Bastet - BW
Toth - UW
Sobek - UB
Anubis - BR
Meretseger - BG

Sei que ficou meio disbalanceado para o preto, mas... feeling é feeling.

(Quote)
- 28/03/2017 14:59:03

Uma carta que saiu no spoiler traz o brick counter, vai vir um encarte no booster pra você recortar com desenho de tijolo para você usar como marcador. Essa mecânica deve estar presente no monumentos como no caso da câmara do oráculo.

(Quote)
- 28/03/2017 10:58:04
Interessante eu acho que o rio se chama luxa por causa da cidade de Luxor que tem varios monumentos de pé ainda. Agora não acredito que tenha fortificar, o tema de monumentos ja foi representado com a mecanida dos marcadores de tijolos.
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